Quando retornou à cena
após 13 anos inativo, o Unmasked Brains logo lançou a demo digital “Turning On”
(2013) e mostrou que, apesar de parados, estavam antenados no que estava
acontecendo na música pesada. Afinal, seu som mostrava estar completamente em
dia, mesmo preservando suas raízes.
Enfim, o tão sonhado primeiro
debut, após mais de duas décadas, está aí e parece que algo disse que esse era
o momento certo. Impressiona a qualidade das composições e a forma de o
Unmasked Brains executar sua música de forma diferenciada sem fazer nenhuma
invencionice.
A base de tudo é o
Thrash Metal, mas o que o quarteto mostra aqui é muito mais que isso. A começar
pelas linhas de guitarras, com um timbre que bebe em fontes de nomes como
Whiplash e Onslaught e solos excêntricos, a dupla Reinaldo Leal (também
vocalista) e o misterioso LGC ainda adotam melodias fundamentais às
composições.
A cozinha extremamente
consistente ajuda no peso e nas quebradas aproveita pra destilar influências de
Jazz, o que caiu perfeitamente na sonoridade da banda, mas é notada somente com
muita atenção. É uma aula de como demonstrar técnica sem soar pretensioso e
fazendo música cativante.
E o principal deleite
de “Machina” é o fato de que em cada audição você encontra ainda mais detalhes
e qualidades. The New Order of Disorder,
A Máquina, Cloistered Life, Controversies of the War, Life Has no Meaning e
Corrupt são os destaques, ou seja,
dois terços do álbum. Muito bom!
9,0
Vitor
Franceschini
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