Muitos pensam que quem
faz resenhas adora criticar bandas, principalmente pelo lado ruim da coisa.
Esses se enganam, e muito. Afinal, não é legal desvalorizar o trabalho de
alguém, pois sabemos que o mínimo de dedicação houve na hora de gravar o disco,
produzir todo trabalho...
Mas, mesmo na busca
incessante pelo lado bom da ‘coisa’, às vezes as críticas negativas são
inevitáveis, ainda mais quando se nota que a capacidade dos envolvidos pode
fazer com que sua música vá além. E isso é evidente no Conjuro Nuclear,
‘one-man-band’ oriunda de Barcelona, Espanha.
Encabeçado por Emesis,
que faz tudo aqui, o Conjuro Nuclear busca uma sonoridade que mescla Black
Metal com Avantgard e Darkwave. Isto é, já é algo de difícil digestão, e o
torna ainda menos digerível quando se desliza em algumas coisas, mais ainda
quando estão nos elementos principais.
As guitarras sujas
destilam riffs simples, mas peca nos solinhos ‘tolos’ e em levadas estranhas (meio
‘alegres’) para o estilo. Isso se dá principalmente no início. Os vocais baixos
demais, também colaboram para o lado ruim, soando apenas como mais um elemento
escondido.
Mas, não é tudo de ruim
por aqui e parece que a coisa engrena um pouco antes do disco terminar. Com
bons arranjos, faixas como Bosque de
cráneos, Desechos tóxicos e Sólo para
locos mostram uma sonoridade mais obscura, com linhas bem encaixadas e
levadas menos irritantes. Não chega a
ser a pior coisa do mundo, longe disso, mas precisa de uns ajustes.
5,5
Vitor Franceschini
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