(2017
– Nacional)
Shinigami
Records
O Havok ainda pode ser considerado
uma banda jovem, já que surgiu em 2004 e seu debut, “Burn”, saiu no não tão
distante ano de 2009. Mesma época em que o Thrash Metal retomou a ponta do
iceberg chamado Metal de assalto e nos brindou com milhares de bandas por todo globo
terrestre. Por isso, de início, o grupo soou um tanto quanto mais do mesmo,
porém jamais ruim.
Mas, o Havok soube que
o diferencial é não se manter na zona de conforto e foi se arriscando à medida
em que seu som foi se moldando e criando certa propriedade. Isso pode ser confirmado
neste quarto trabalho, que traz um resultado mais sólido do que a banda foi
buscando gradualmente durante seus lançamentos.
Claro que além de suas
próprias características, a banda traz influências (e são várias), afinal de
contas deve ser impossível soar completamente orignial hoje em dia no Thrash
Metal. Isto porque o estilo talvez seja o que mais se difundiu, se transformou
e até criou vertentes dentro de si mesmo.
Portanto, notamos
influências desde Megadeth (fase “Rust In Peace”), Exodus e Kreator na
sonoridade da banda, que ainda injeta uma nada usual mescla de Crossover com
Prog Metal nas composições de “Conformicide”. O resultado? Indigesto num
primeiro momento, mas depois vai que vai e se torna viciante.
Guitarras bem
timbradas, viradas estrategicamente bem construídas, solos com melodias na dose
certa, um baixo que se desprende do tradicional e a inclusão de um ‘groove’ bem
encaixado em algumas partes, além de interlúdios bem sacados, dão à tônica do
disco. E que estreia do baixista Nick Schendzielos (Job For a Cowboy).
O trabalho ainda conta
com uma produção que beira a perfeição, com uma timbragem gostosa de ouvir,
equilíbrio e que soa orgânica mesmo sendo atual, mostrando que isso é possível.
Mérito de Steve Evetts (Symphony X, Sepultura) que produziu e mixou o disco,
sendo que a masterização foi de Alan Douches.
Por fim, as doze faixas
contidas (incluindo aí um interessante cover do Pantera e mais dois bônus)
praticamente se completam, fazendo da audição de “Conformicide” plenamente
prazerosa. Imaginar que num primeiro momento o disco parecia bem chato... Por
fim, é sair (e muito) no lucro, pois é um baita trabalho!
8,5
Vitor Franceschini
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