(2017 – Nacional)
Nuclear Blast / Shinigami
Records
O Tankard, um dos
pilares do Thrash Metal alemão, nunca decepcionou e sempre se manteve fiel às
suas características. Porém, sejamos honestos, a banda lançou discos bons nos
anos 2000, mas nada que soasse significativo e que marcasse. Talvez “Kings of
Beer” já lá no distante ano de 2000.
Quando revelou o
primeiro vídeo com a própria faixa título e a capa com a mascote de volta, algo
dizia que a banda chutaria o balde ainda mais alto (ou longe, depende da
direção). E foi dito e feito, pois temos em mãos um trabalho típico da banda,
mas inspirado como há algum tempo não se via (ouvia).
O quarteto, que está
junto desde 1998 com essa formação, traz composições que servem como um guia de
como se fazer Thrash Metal, mas não se restringir somente ao fundamental ao
estilo. Afinal, há influências do Metal tradicional (ouça as faixa Syrian Nightmare, que é quase um Power
Metal e comprove) e uma melodia imposta de extremo bom gosto.
O trabalho de guitarras
de Andy Gutjahr é o melhor do músico até então, com riffs certeiros, enérgicos
e solos na medida certa, sendo que o baixo do calejado Frank Thorwarth tapa os
buracos necessários e ainda ajuda no peso. Olaf Zissel simplesmente dá aula de
bateria, sendo equilibrado, porém com uma pegada e marcação intensas.
Nem precisa falar da
assinatura da banda, que é a interpretação do vocalista Gerre, que aqui mantém
aquela mescla de suavidade e agressividade incompreensível até hoje, mas que
marca a sonoridade do Tankard. Todas as faixas são boas, algumas ótimas, ficando
na mente e convidando ao ‘pôgo’ desde a primeira audição.
A versão nacional ainda
vem com um CD bônus contendo a gravação do show da banda no Rock Hard Festival
2016, realizado no anfiteatro de Gelsenkirchen, na terra natal do grupo. Com um
repertório que mescla clássicos absolutos como Zombie Attack e mais novas com A
Girl Called Cerveza, o show é bacana, mas tem uma captação de áudio
estranha, não ruim, mas um pouco ‘nas coxas’ para o padrão da banda. Porém,
como é bônus, é lucro. Um dos melhores discos do ano e o melhor do Tankard em
tempos.
9,5
Vitor
Franceschini
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