sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Evil Sense – “Fight For Freedom”

(2017 – Nacional)             
                              
Erinnys Productions

Esta banda paulistana é formada por Capu (guitarra/vocal), Suco (guitarra), Hugo (baixo) e Ricardo (bateria) e antes deste trabalho lançaram três demos: “Evil Sense” (2003), “Coma of Your Brain” (2006) e “In Thrash We Trust” (2012).

Formada em 2000, a banda adquiriu certa experiência, passou por mudanças de formação e todos os perrengues da cena. Tudo isso trouxe certa segurança que é nítida no primeiro trabalho do grupo, este álbum intitulado “Fight For Freedom” (se, bem que o título não é muito original – risos).

E, apesar do foco parecer totalmente no Thrash Metal, nota-se influência do Speed e Metal Tradicional, o que confunde um pouco o ouvinte na primeira audição do disco, mas que pode ser homogeneizado num futuro trabalho. Por quê? Porque o salto que a banda dá entre o Thrash e o Heavy Metal Tradicional / Speed Metal é grande, eles não chegam a mesclar os estilos.

Por exemplo, ao ouvirmos composições como No More Lies e Império Headbanger – O Ritual Metal (bem na fonte de bandas nacionais dos anos 80) temos uma banda investindo num Thrash Metal enraizado e furioso. Já em momentos como na instrumental Traveling by Warriors Land e Force and Honor, o Evil Sense parece ter vindo direto da cena de nomes como Damien Thorne, Grave Digger, Liege Lord e afins. É puro Heavy / Speed Metal.

Claro que isso não quer dizer que as músicas são ruins, muito menos a banda, aliás, a estrutura das músicas e principalmente os riffs de guitarras são fenomenais. A questão aí é de encontrar uma identidade e se banda apostar em uma formula mais sólida (a música cantada em português é magistral!) soaria ainda melhor.

Com uma produção orgânica que também bebe na fonte oitentista, a banda consegue fazer um trabalho acima da média em sua estreia, sendo que as arestas apresentadas podem ser aparadas naturalmente e futuramente. No final, o conjunto da obra de “Fight For Freedom” é muito positivo. Destaque também para a faixa que dá nome à banda e fecha o disco muito bem!


7,5

Vitor Franceschini


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