(2017 – Importado)
Black Lion Records
Foram longos onze anos
desde o lançamento do segundo disco, “Procellarum” de 2006, que o Carpatus não
lançava nada. A banda é um projeto de Disruptor (vocal/guitarra/baixo), que
desde 2005 tem ao seu lado o músico de estúdio Animus Atra (bateria, Creptum).
A proposta do Carpatus
sempre foi o Black Metal na sua forma mais direta e extrema, sem dar muita
‘trela’ a elementos sinfônicos e firulas que se tornaram comum no estilo. Mas,
nota-se que neste terceiro disco a banda se adaptou ao tempo, adicionou mais
variação em suas músicas e tirou um pouco o pé.
Não, não temos aqui um
Black Metal ‘acessível’, muito menos cheio de incrementações, mas é fato que a
banda mostra certa evolução e uma boa coesão em seus instrumentos. Porém, a
rispidez, rusticidade, agressividade e peso estão todos lá, sem por nem tirar.
Com guitarras gélidas,
carregando influências do Black Metal nórdico, a banda consegue manter a chama
do estilo acesa e até mesmo quando soa cadenciada mostra um lado negro que
emana raiva e angústia no clima das composições. Tudo com vocais típicos, bem
encaixados e perfeitos para o estilo.
Com composições que
atingem uma média de 5 minutos, as mudanças de andamentos caem bem na proposta,
afinal não deixam as mesmas soarem cansativas. Portanto, faixas como The Cold Autumn Sunrise (a mais longa e
que mais define o disco), Flames to
Eternity e Behold the Mourful Nature
são os grandes destaques.
8,5
Vitor Franceschini
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