(2018
– Nacional)
Independente
O terceiro disco é o
momento da consolidação e a prova de fogo se realmente a banda é aquilo que
prometera nos lançamentos anteriores, enfim, se não é aquele ‘fogo de palha’.
“Mourn The Earth” representa exatamente isso ao Fallen Idol, banda paulista que
mostrou um crescimento gradativo dentro do tradicional Doom Metal.
O trio de Arujá traz
neste seu terceiro trabalho toda a essência criada durante os teus seis anos de
formação e o amadurecimento natural está no álbum, que define de vez as
características da banda. Características estas que primam por um Doom Metal
nem tão soturno, mais Heavy Metal e com sua aura ocultista abordada de forma
inteligente em suas temáticas.
A primeira faixa do
disco, Witches of Lucifer, já mostra
uma pegada mais intensa com um refrão que soa até sarcástico com seu coral
flertando com o erudito. O que a banda propõe no álbum já aparece nesta faixa e
se mantém em Time To Mourn The Earth,
segunda música que prima pelo peso e um andamento semi cadenciado. Destaque para os bons e bem encaixados solos
de guitarra desta composição.
Vocais dobrados e
fraseados mais longos são as características de Wait, um Doom Metal bem típico, sendo que Shattered Mirror é a mais agressiva e mostra mais um belo trabalho
de solos de guitarra. Chrisalism é
uma instrumental de contrabaixo muito boa. Aliás, o instrumento aparece bem
alinhado no disco todo, só poderia ter um timbre mais intenso, pra fazer com
que as músicas pesem ainda mais.
Lucidity
é a melhor faixa do disco, e curiosamente não foi a escolhida como música de
trabalho (Witches of Lucifer e Shattered Mirror foram lançadas como
singles). Porém, esta canção de riff até manjado, mostra-se a mais emotiva e
com a melodia mais interessante do disco. Secret
Place, que traz uma aura mais branda e psicodélica, é perfeita pra fechar o
disco. Longa e suave, a música coloca o ouvinte em transe a refletir tudo o que
acabou de ouvir.
Por fim, o Fallen Idol
passa no teste de fogo e consolida seu trabalho com “Mourn The Earth”. Tal fato
porém, não significa que a banda não tenha o que melhorar, pois há o que ser
lapidado, peso a ser adicionado e melhores timbres a serem escolhidos. Mas é
inegável que a banda segue o caminho certo.
8,5
Vitor
Franceschini
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