São mais de 30 anos
dedicados ao Heavy Metal, especificamente ao Thrash e Stoner Metal, este último
com um início meio que sem querer e que hoje virou a principal sonoridade de
sua banda atual. Este é Edson Graseffi, baterista que ajudou a deixar um legado
riquíssimo com a banda Panzer, superou obstáculos com o Reviolence e hoje
trilha novos rumos com a banda Cosmic Rover. Isso para mencionar as principais
obras feitas (e que virão) da carreira do músico, que integrou algumas outras
bandas. Edson é o nosso convidado da seção Killing Yourself de hoje!
“Inside”
(1999) – Panzer: Foi o primeiro álbum completo que o
Panzer gravou, mas já havíamos aparecido na coletânea “Electrical Tribes” três
anos antes. Esse disco traz várias composições da fase das demo tapes e mais
alguma coisa feita para ele. Na época o Panzer começou a aparecer em sites de
Stoner e não sabíamos porquê. Era um estilo que ninguém tinha ouvido falar aqui
e era uma coisa super nova lá. Havíamos gravado um disco de Stoner e não
sabíamos (risos). Para mim é um dos melhores trabalhos da banda, porque é uma
produção crua e sem os modernismos dos estúdios que vieram nas produções de
todas as bandas dos anos seguintes.
“The
Strongest” (2001) – Panzer: Esse foi o divisor de águas da
banda, foi nele que o nome da banda começou a ser realmente notado no cenário.
Esse é um álbum que está à frente do seu tempo, muitas ideias musicais de
bandas atuais estão presentes nesse álbum. Eu poderia ficar por horas
explicando cada música e como foi composta, as influências e tal. É um trabalho
muito complexo, compusemos esse álbum durante 2 anos inteiros e ele traz o
vocalista Elcio Cruz em uma forma absurdamente fantástica. Talvez por tudo isso
não seja a toa que é considerado por alguns sites como um dos álbuns clássicos
do Metal Brasileiro. A banda fez shows
por várias partes do país e o disco foi distribuído no Japão e na América
Latina (neste caso pela Century Media). Fizemos muitos shows importantes como o
evento da 89 FM produzido pela Vania Cavalera, onde houve grande confusão na
praça entre o público, policia invadindo o palco, fila de moleques para pegar
nossos autógrafos... etc. Tudo ia bem para a banda na questão disco mas 2 anos
depois a banda acabou devido a muitos problemas internos.
Reviolence |
“ModernBeast”
(2010) – Reviolence: Com o final do Panzer em 2003 eu montei o
Reviolence, banda que mantive na ativa por quase 9 anos. Antes deste álbum
foram gravados muitos EPs, cada um com um vocalista diferente e muitas mudanças
de formação. Esse CD traz ótimas composições, com um trabalho de bateria e
guitarras muito técnico. Era uma banda de Heavy Thrash, trazíamos algo parecido
com o Agent Steel em alguns momentos. Fizemos shows memoráveis na capital
paulista e este álbum foi muito elogiado pela mídia estrangeira. Mas as mudanças de formação constante e todos
os problemas que isso trazia me fez cansar do trabalho desta banda e resolvi
encerrar as atividades dela por volta de 2011.
“BrazilianThreat”
(EP – 2013) – Panzer:
Este EP foi gravado ao vivo em estúdio, com todos os integrantes tocando
juntos. Foi uma produção “entre safra” da banda, pois havíamos lançado o single
“Rising” em 2012 com a volta da banda e não lançamos mais nada. Ele traz três
faixas , uma inédita , um remake de RedDays
que foi gravada no “The Strongest” e um remake de um resto de estúdio da sessão
do “The Strongest”, Hastening to Death
aqui com outra letra e outro arranjo. Esse lançamento só saiu digital e na
minha opinião é o que menos acrescenta na carreira da banda.
“Honor”
(2013) – Panzer: Aqui temos o Panzer beirando o Death
Metal em alguns momentos, um álbum que foi bem elogiado pela mídia e fez seu
papel naquele período onde a banda viajou bastante em tour pelo Brasil e América Latina.
“Resistance”
(2016) – Panzer: Esse álbum traz talvez o melhor trabalho
de bateria e som de bateria do Panzer. Foi composto de forma bem rápida e traz
uma grande influência de Stoner Metal em várias músicas. É um Panzer
desacelerado mais próximo aos 2 primeiros discos. Acredito que por isso tenha
sido muito elogiado pela mídia.
Cosmic Rover |
“Cosmic
Rover” (EP – 2018) – Cosmic Rover: O Cosmic Rover é meu novo
trabalho como baterista e vocalista, algo que sempre quis fazer e nunca pude
mostrar em todas as bandas que toquei. A proposta desse EP é mostrar o Stoner Rock
, misturado com Heavy Metal e Southern Rock que praticamos. O bacana dessa
banda é que não temos limites de estilo para compor, isso torna o trabalho
musicalmente variado e rico. Junto comigo estão meus brothers, Rick Rocha (guitarras)
e Rodrigo Feliz (baixo) que estão fazendo um trabalho fantástico nas cordas e
na composição do instrumental. Nesta banda eu procuro trabalhar as bateras
pensando em bateristas como Vinny Appice e John Bonham por exemplo. Minhas
influências com vocalista abrangem bandas como Grand Funk, Dio, Warrior Soul,
Pentagram e Trouble. Procuro trabalhar
nas letras também pensando nas composições dos anos 70, que é algo que tem me
fascinado nos últimos anos. Temas lisérgicos, histórias espaciais, personagens
de quadrinhos, tudo isso está no universo de temas que eu uso para compor. Este
EP foi gravado ao vivo, da forma mais vintage possível, onde todos tocam
simultaneamente, com os instrumentos separados por biombos dentro do estúdio.
Da mesma forma como eram gravados os discos nas décadas passadas. Isso torna o
som orgânico e cheio de peso natural dos instrumentos.
O incansável "homi das baquetas" Sucesso,saude e paz!!
ResponderExcluirO incansável "homi das baquetas" Sucesso,saúde e paz !
ResponderExcluirFoda
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