(2018
– Nacional)
Hammer
of Damnation
O experiente duo Willian
Marante (baixo/bateria programa, Infernalium, Lost Graveyard) e Victor Prospero
(baixo/programação, ex-Evil Mayhem, Absyde, Justabeli, Necromesis, Seventh Seal
e outros) formam o Sculpture que vem com uma proposta de certa forma diferente.
A dupla aposta na música
instrumental, porém que foge do tradicional quando se trata do assunto. Isto é,
nada de virtuosismo ou masturbações de instrumentos serão encontrados aqui,
afinal o negócio é música mesmo, e da mais extrema, diga-se de passagem. O
Black Metal tem prioridade e tudo que caracteriza a música negra se faz
presente.
Se utilizando de timbres
agudos e ríspidos, típicos do estilo, a dupla executa um instrumental em forma
de música, com boa distribuição nos instrumentos. Inclusive na bateria programada,
que soa versátil e mais natural que muita coisa ‘humana’ que vemos por aí, até
no timbre inclusive.
Com uma boa variação
rítmica e riqueza nos arranjos, as composições possuem um clima gélido e
sombrio, até mesmo nos momentos mais rápidos e agressivos que são a grande
maioria. Incursões de passagens mais brandas (com direito a dedilhados de
baixo) e uma boa melodia enriquecem mais ainda as faixas, que aliás, são longas,
mas não cansam o ouvinte.
Quando se faz uma análise
de música, é bom tentar entender as opções e gostos dos músicos, aliás, no
mínimo respeitar. Mas, apesar da excelência que é “To Another Place”, a ausência
de vocais no trabalho fez falta naturalmente, ou seja, a sonoridade da banda
pede. De qualquer forma, um dos melhores trabalhos do ano no estilo.
9,0
Vitor
Franceschini
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