(2018
– Nacional)
Cogumelo
Records
Quem acompanha o Drowned
desde o início da sua carreira, sabe que a banda sempre ousou, mesmo fazendo
uma mescla comum entre o Thrash e o Death Metal. Afinal, um grupo precisa de
referências para construir sua sonoridade e depois trabalhar em cima da mesma
como bem entender e assumir os riscos.
É por isso que desde a
demo “Where Dark and Light Divide...” de 1998, a banda já mostrava suas
características, com uma sonoridade própria, versátil e adotando melodias diferenciadas.
Isso foi se alastrando pelos trabalhos seguintes, até que a banda passou por um
período mais direto, porém sempre com sua pegada.
Seis anos após seu último
álbum, “Belligerent - Part One: The Killing State of the Art” (2012), o
quinteto de BH chega ao seu sétimo disco, que traz um nome óbvio, mas uma
sonoridade nada comum. E, não é de se surpreender, afinal quem nunca sossegou
em se reinventar, não seria agora que o iria fazer.
É interessante que quando
ouvimos as bases e solos de guitarra, sabemos que estamos diante de um trabalho
do Drowned, afinal, os timbres, os riffs soam fieis ao que sempre propuseram,
agressivos, mas na medida e os solos nem tão melódicos e nem tão intricados,
mas na medida e oportunos. Enfim, o que o Drowned sempre fez, mas com ainda
mais técnica e amadurecimento.
O diferencial aqui está
na cozinha, que se mostra mais versátil do que nunca, cheia de quebradas e
andamentos variados, fazendo com que o som da banda adote uma tendência mais
moderna. As linhas de baixo enriquecem os arranjos e a bateria é bem explorada,
como pedem as composições, com leves ‘grooves’.
Fernando Lima, a voz da
banda, também se mostra mais versátil e inclui em sua interpretação linhas mais
brandas, partes limpas, porém prevalecendo a agressividade de rasgados e
guturais. “7th” é um disco que soa homogêneo no quesito das músicas se
completarem, o que dificulta um destaque ou outro, pois é necessária uma
audição completa para compreendê-lo. Fato é que o disco fica melhor a cada uma
delas. Ponto pro Drowned.
8,5
Vitor
Franceschini
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