(2018
– Nacional)
Shinigami
Records
O sucesso de uma banda
pode ter limites e em voos mais altos pode se tocar o teto do ‘mainstream’. Mas
a criatividade e o talento não os tem e se alguém tem alguma dúvida sobre isso,
é só ouvir “Unsung Prophets & Dead Messiahs”, sexto álbum de estúdio do
Oprhaned Land.
Não é à toa que a banda
liderada por Kobi Farhi (vocal) está em plena ascensão e com motivos. O grupo
israelense cresce em qualidade, evolui naturalmente, possui um ‘feeling’
absurdo, além de conseguir fazer isso tudo sem deixar suas características de
lado.
Há quem diga que a banda
é Prog Metal, Doom, Folk... Fato é que o que encontramos em seus últimos
álbuns, especialmente aqui é uma mescla disso tudo, bom gosto e os já
corriqueiros arranjos de música médio-oriental. Para quem acha que isso não é
novidade nenhuma, fique sabendo que o que manda é a qualidade.
Variação rítmica, riqueza
nos arranjos e uma carga emotiva impressionante permeia “Unsung Prophets &
Dead Messiahs”, um disco com guitarras soberbas e criativas, cozinha versátil e
que mostra que hoje, Kobi é um dos melhores vocalistas de Metal do mundo. O
cara alia técnica e sentimento, explorando influências da música oriental e
macetes típicos, além de abordar vários timbres.
Corais com os mais
talentosos cantores (altos, tenores, sopranos, etc...) que a banda encontrou,
fazem parte do trabalho, assim como participações especiais de nomes com Hansi
Kürsch (Blind Guardian) na carro-chefe Like
Orpheus, Steve Hackett (Genesis) em Chains
Fall to Gravity e Tomas Lindberg (At The Gates) com toda sua agressividade
em Only the Dead Have Seen the End of the
War.
Os temas continuam sendo
a união das etnias e religiões, o respeito e a guerra, como só o Orphaned Land
consegue contar. Difícil não se emocionar com faixas como The Cave, o mais belo interlúdio que é All Knowing Eye, Take My Hand
e praticamente todo o set list. Uma obra prima.
9,5
Vitor
Franceschini
Nenhum comentário:
Postar um comentário