(2018
– Nacional)
Independente
Foram três anos de
espera, desde o excelente trabalho “Inhuman Sovereign”, lançado em 2015 e que,
como debut, abriu o caminho do Rotten Filthy no cenário nacional. O disco, que
já mostrava a versatilidade da banda, possibilitou que tocassem em seu estado
(Rio Grande do Sul), São Paulo e Rio de Janeiro, além de repercutir
musicalmente bem.
“The Hierophant” conta
com a estreia do vocalista James Pugens em estúdio e, acima de tudo, mantém as
características da banda que é focada no Thrash/Death Metal. Porém, é nítido o
objetivo do quarteto em expandir sua música, e o que encontramos no novo disco
é ainda mais versátil.
A variação está
praticamente em tudo, desde os riffs intrincados, passando pelas linhas duras e
complexas de baixo, além de uma bateria que procura explorar ao máximo o
possível o seu espaço. Isso gera uma música pesada, quebrada e com viradas
insanas. O novo vocal acompanha essa versatilidade, ora gritando com êxito, ora
pendendo para o gutural, mas principalmente colocando bastante sentimento nas
músicas.
Os temas de “The
Hierophant” abordam a fé, espiritualidade e os cultos aos orixás, e mesmo
diante do peso das composições, a banda consegue transmitir emoção em sua
sonoridade, que inclusive é complexa. Mas não pense que as composições soam
cansativas, pois são objetivas acima de tudo.
A produção de Bollet
(Hecatombe) deixou a sonoridade mais aguda, dando um ar ainda mais abrangente
ao Metal do Rotten Filthy, mas poderia ter deixado o timbre da guitarra mais
sujo, para dar mais peso, porém é uma visão individual. No mais, ouça
composições como Freezing Desolation, Monarchy
of Bliss, Into a Sacred Rite e Tyet,
seja feliz.
8,5
Vitor
Franceschini
Nenhum comentário:
Postar um comentário