(1983
/ 2018 – Relançamento – Nacional)
Hellion
Records
Quando você folheia o
encarte destas bandas ‘antigas’, nota-se que o Heavy Metal era grande na década
de 80. Não entenda grande como necessariamente popular, mas quando uma banda lançava
um disco, conseguia tocar em locais mais bem estruturados e com bons
equipamentos. Isso ao menos na Europa e EUA.
Da Suécia vem o Torch,
banda formada como Black Widow em 1979, mas que adotou a atual alcunha (sim,
continuam na ativa depois de um hiato de 17 anos e retorno em 2003) logo em
1980. Este é o debut autointitulado do grupo que chega com exclusividade ao
território nacional como relançamento da Hellion Records.
O mais legal é que o
grupo conta atualmente com os mesmos caras que gravaram esse petardo. No disco,
um conteúdo à frente de seu tempo, mostrando um Heavy Metal consistente, bem
estruturado e executado, mostrando variação rítmica e arranjos riquíssimos.
O trabalho de guitarras
de Claus Wildt e Chris J. First é primoroso, com riffs criativos e solos na
medida certa, tendo na seção rítmica de Ian Greg (baixo) e Steve Streaker
(bateria) a vibração e alicerce necessários, sendo que a bateria de Streaker
mostra uma pegada intensa.
Tudo tendo à frente
vocais equilibrados do baixinho Dan Dark, que possui um timbre simples, mas bem
afinado e não exagera. Sem contar a interpretação cheia de gana do cantor.
Destaque para as ótimas faixas Warlock,
Rage Age, Sweet Desire e Gladiator.
A produção de Tomas Sunmo
é outro ponto a se destacar, já que é muito boa se levarmos em conta a época.
Aliás, é muito boa até hoje em dia, com timbres e captação excelentes. Este
relançamento nacional conta com o EP “Fire Raiser!!” (1982), além de três outras
faixas do EP “3 Track 12 Inch”, lançado em 1984, mas gravado em 1982. Sejamos
honestos, “Torch” é um álbum que não se deve deixar levar pela capa.
9,0
Vitor
Franceschini
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