terça-feira, 30 de abril de 2019

A batalha do Metal é contra quem?




Por Vitor Franceschini
Gráfico: Dave Berns

Muitas vezes lendo resenhas, entrevistas, coberturas de shows e até mesmo artigos, me pego com frases do tipo: “a luta do Metal continua...”, “a batalha pelo Metal continua...”, “o Metal segue em sua batalha...”, e por aí vai. Nunca dei muita atenção, pois sempre me passou a sensação de algo clichê nos textos que abrangem o estilo.

Porém, recentemente, dando de frente com a frase novamente, passei a refletir. Qual é a batalha do Metal? Ou melhor, pelo quê e contra quem o Metal luta? Questiono porque nos tempos atuais, não há mais luta por espaço na mídia, não há mais necessidade de ajuda de rádios e TV para expor música e clipes, e o preconceito contra o estilo diminuiu muito.

Então, estaria o Metal lutando contra seus próprios dogmas, suas regras infundadas, a intolerância ou desinteresse ao novo dos ditos ‘old school’, contra esse emparelhamento com políticas totalitárias (não mencionei lados, isso nunca presta, venha de onde vier), contra seus próprios preconceitos a outros estilos, sua resistência às temáticas sociais, religiosas, etc?

Não estaria o Heavy Metal vivendo uma batalha interna, aliás, que sempre houve, e, principalmente em nosso país, o que sempre atrapalhou a tão dita (e sonhada) união entre os apreciadores do estilo e apoiadores da tal cena? Pois bem, este artigo é mais questionador, do que qualquer coisa. Afinal, dentro do cenário metálico há muitas perguntas sem respostas. Você não acha?

*Vitor Franceschini é editor do ARTE METAL, jornalista graduado, palmeirense e headbanger que ama música em geral, principalmente a boa. O que você acha disso?

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