Por Vitor Franceschini
Gráfico: Dave Berns
Muitas vezes lendo
resenhas, entrevistas, coberturas de shows e até mesmo artigos, me pego com
frases do tipo: “a luta do Metal continua...”, “a batalha pelo Metal
continua...”, “o Metal segue em sua batalha...”, e por aí vai. Nunca dei muita
atenção, pois sempre me passou a sensação de algo clichê nos textos que
abrangem o estilo.
Porém, recentemente,
dando de frente com a frase novamente, passei a refletir. Qual é a batalha do
Metal? Ou melhor, pelo quê e contra quem o Metal luta? Questiono porque nos
tempos atuais, não há mais luta por espaço na mídia, não há mais necessidade de
ajuda de rádios e TV para expor música e clipes, e o preconceito contra o
estilo diminuiu muito.
Então, estaria o Metal
lutando contra seus próprios dogmas, suas regras infundadas, a intolerância ou
desinteresse ao novo dos ditos ‘old school’, contra esse emparelhamento com
políticas totalitárias (não mencionei lados, isso nunca presta, venha de onde
vier), contra seus próprios preconceitos a outros estilos, sua resistência às
temáticas sociais, religiosas, etc?
Não estaria o Heavy Metal
vivendo uma batalha interna, aliás, que sempre houve, e, principalmente em
nosso país, o que sempre atrapalhou a tão dita (e sonhada) união entre os
apreciadores do estilo e apoiadores da tal cena? Pois bem, este artigo é mais
questionador, do que qualquer coisa. Afinal, dentro do cenário metálico há
muitas perguntas sem respostas. Você não acha?
*Vitor
Franceschini é editor do ARTE METAL, jornalista graduado, palmeirense e
headbanger que ama música em geral, principalmente a boa. O que você acha disso?
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