(2019
– Nacional)
Independente
O Uganga encontrou em
“Opressor”, seu quarto álbum lançado em 2014, sua identidade definitiva. Uma
sonoridade ‘irrotulável’, mas que conta com o peso do Metal, o ‘groove’ do
Thrash noventista e o Hardcore, a banda segue sua trilha em “Servus”, seu mais
novo disco.
Se alguém achava que a
banda não traria inovações, se engana, pois o novo álbum traz elementos
exclusivos que foram adicionados milimetricamente. À primeira vista, ou melhor,
audição, o disco parece estranho e ousado demais, mesmo soando bem
característico.
Da segunda audição
adiante o disco é digerido facilmente e reconhece-se a sua proposta. Que
trabalho bacana! Já na primeira faixa (após a introdução), Servus convida você a uma música enérgica e que já traz quebradas
com vocalizações brandas, quase recitadas. O
Abismo, a música mais rica do trabalho, traz um riff certeiro, mudanças de
ritmo, uma espécie de som de catira (dança típica do folclore brasileiro), além
de saxofone que ficou extremamente bem encaixado.
A quebrada Hienas traz mais ritmos brasileiros,
principalmente na percussão, com uma temática filosófica e participação de
Renato BT (John No Arms). 7 Dedos (Seu
Fim) é um Hardcore sem escrúpulos e levada direta, com quebrada no refrão. Até
na batida eletrônica com scratches da faixa E.L.A
o Uganga consegue manter o pé firme e não destoar do trabalho, que traz
conflitos ideológicos, ‘causos’ e temáticas sociais em suas letras.
“Servus” ainda traz uma
produção de alto nível (musicalmente e no geral, com uma bela arte) e foi
lançado com apoio da Wacken Foundation (fundação sem fins lucrativos do Wacken
Open Air) e do Programa de Incentivo à Cultura da Prefeitura Municipal de
Uberlândia/MG. Inicialmente tímido, o álbum torna-se viciante com o tempo.
9,0
Vitor
Franceschini
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