(2016
– EP – Nacional)
Cianeto
Discos
Sem fazer questão nenhuma
de soar atual nos transportando para os anos 80, a banda Álcool traz todos os
clichês daquele tempo. E mais, visual com couro, tarraxas, tênis cano alto e cinto
de balas. E o que isso importa? Só tem um lado positivo. O resgate da essência
do estilo.
E mais, tudo isso feito
por jovens com média de 22 anos, com exceção do baterista Lucas Alcoholic
Forces, que foi efetivado depois do lançamento do EP, portanto não o gravou. A
importância disso para a cena é enorme, pois mantém uma história. E também, não
é regra nenhuma que música tem que ser original, mas sim bem feita.
E o que encontramos aqui
é um Speed Metal matador, que não soa forçado e ganha resquícios até do Metal
tradicional. Principalmente pelos solos dobrados, lembrando muito a NWOBHM.
Porém, a banda prima pela agressividade e velocidade, com vocais vomitados que
nos remetem ao Thrash.
Riffs rápidos, bem
concisos, com aquele timbre magro típico do estilo dão à tônica do trabalho,
que segue com uma cozinha reta, com um baixo de linhas intensas e bateria que
dita o ritmo frenético. Impressiona o conhecimento de causa de integrantes que
não viveram a época em que o estilo foi moldado, o que prova que a música, que
é eterna, serve muito bem de escola.
Nas letras a banda também
segue temas comuns e típicos do estilo. Cantando em português, o Álcool faz ode
ao Metal, fala de álcool, provoca as religiões e prega a liberdade. Um trabalho
de fácil assimilação pra quem ama Metal e que proporciona um resgate de um som
que nunca deve morrer.
8,5
Vitor
Franceschini
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