(2018
– Nacional)
Electric
Funeral Records
A maior banda de
Grindcore do Nordeste pegou algo que deveria ser um EP e transformou num baita
de um álbum cheio de bônus. Um verdadeiro presente aos fãs deste grande nome do
cenário cearense, conhecido também como Siege of Hate e que conta com Bruno
Gabai (vocal/guitarra), George Frizzo (baixo) e Eduardo Lino (bateria).
“Cerco de Ódio” traz a
banda em sua primeira performance completa cantando em português, mantendo suas
linhas básicas do Grindcore, porém trazendo uma veia Crust mais acentuada.
Claro que dentro das temáticas, o protesto e o caos social estão em foco. Como
nas excelentes faixas Era do Ódio e Sufocados Pela Lama. Ainda há um cover
para Believers Of Hell, do Mutilator.
As bônus não param e
começam à partir da faixa seis onde a banda mostra sua tradicional veia
mesclada ao Death Metal. Tanto que apresentam um cover matador para God’s Spreading Cancer, do HeadHunter
D.C., que não nega essa influência fúnebre na sonoridade da banda.
Outro presentão é a
digitalização do EP “Brave New Civil War”, que foi lançado somente em vinil.
Impressiona a agressividade da banda neste trabalho, que une todas as suas
influências em uma sonoridade raivosa e impiedosa. O disco soa mais cru que
ríspido que o normal.
Além de versões
estendidas e em outras línguas, como por exemplo Miseria Sostenible (que aparece no trabalho também como Miséria Sustentável), há dez faixas ao
vivo, gravadas no Catharsis Metal Festival, no El Moscou, em Torelló (Espanha).
Em show destruidor, onde a banda se comunica bem com a plateia, o S.O.H. deixa
seu recado brutal em forma de som, além de sua mensagem, mostrando a cara deste
nosso país.
Vale lembrar que Saulo
Oliveira gravou as baterias, e há participações especiais de Fábio Morcego e
Ricarte Neto. Memorável o trabalho que contou com outros selos parceiros no
lançamento, como Criminal Attack Records, Grind Ages, Manaós Distro, Vertigem
Discos, Burn Records, Rising Records, Gallery Productions e Metal Under.
8,5
Vitor
Franceschini
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