quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Heia – “Maldicíon de la Serpiente - Live in Cochabamba”


(2019 – Nacional)

Violent Records / VSF Records / Diabo Records / Trevas Nascemos Discos / Diabolic Records / Impaled Records / Cianeto Discos / Temple of Bizarre Cult / Blasphemy Art

O Heia é uma banda que merece muito reconhecimento não só pela qualidade de seu Black Metal, mas por sua postura fiel ao estilo. O trio de Goiânia carrega sua música estética e ideologicamente da forma que o gênero deve ser, apolítico, anticristão e satânico.

A banda não tem uma discografia extensa, são apenas dois álbuns, mais diversos outros trabalhos em outros formatos, mas merecia. Porém, sempre produzindo, sendo em estúdio ou shows, chegou a hora de um trabalho ao vivo. E a banda aproveitou sua tour pela Bolívia e soltou este álbum odioso (no bom sentido).

A gravação razoável combina com a proposta e nos denuncia um show intimista, onde os caras estavam com sangue nos olhos. Místico (vocal/guitarra) comanda o show como uma apresentação dessas deve ser, sendo acompanhado por Sanatás (baixo) que dá inclusive um apoio nos ‘backings’, que acabam soando essenciais. Enquanto isso Flávio destrói seu kit de bateria, que com a produção, some às vezes, mas faz parte de uma apresentação ao vivo, inclusive de Black Metal.

No repertório clássicos do grupo como Magia Negra, Negro Pandemonium de Almas Infernais, Invocação e Onde As Trevas Predominam dão a tonalidade de um repertório que mostra que a Heia sabe onde pisa e como utilizar a forma correta do Metal negro, sem titubear.

Ainda há dois covers, um para a maravilhosa An Elizabethan Devil Worshipper's Prayer Book (Mystifier) e outro para Elizabeth Bathory (Tormentor), duas escolhas a dedo que mostram a qualidade e abrangência das influências da banda. Um disco underground, que prova que o submundo do Metal extremo está mais do que vivo do que nunca.


8,0

Vitor Franceschini



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