Apesar do estrondo no
underground, os maranhenses do Jackedvil são relativamente jovens e têm apenas
4 anos de carreira. Mesmo assim, prolificamente a banda lançou uma demo e o
elogiado EP “Faster Than Evil” (2013) e conseguiu uma boa leva de admiradores,
assim como ‘odiadores’. A famosa expressão ‘ame ou odeie’ se encaixa
perfeitamente à banda.
Agora, com o primeiro
disco, este “Unholy Sacrifice”, não creio que isso irá mudar. Afinal, mesmo a
banda apresentando uma evolução técnica, uma maior variação no andamento de
suas composições e, naturalmente, maturidade, a essência de sua música foi
mantida.
Para quem ouviu os dois
trabalhos anteriores citados acima, o debut não irá surpreender. O Thrash Metal
com nuances de Speed Metal está ali, porém mais enérgico, mais bem tocado e com
os pés no chão.
De novidade pouca
coisa. Uma delas é o trabalho das guitarras que mostra uma evolução nítida,
principalmente nos solos, e já destaca desde a ótima faixa inicial que dá nome
ao álbum. Mas, as linhas de baixo são a cereja do bolo, dando uma sonoridade
diferenciada às composições.
O outro fator que chama
atenção é a tirada de pé que a banda deu em algumas composições, além da boa
melodia inclusa, caso de Behind The Walls
e seus riffs matadores, aliás, essa vertente poderia ser mais explorada daqui
pra frente.
Outros destaques ficam
por conta de Beastrider, Vixen of Satan
e para a bônus consagrada Under The Metal
Command. A temática do disco gira em torno do conto “O Sacrifício Maldito”
escrito pelo vocalista e guitarrista André Nadler.
Seria injustiça não
falar sobre o belíssimo trabalho gráfico, tendo o encarte ilustrado com uma
história em quadrinho (sem texto), ficou de muito bom gosto, mérito de Ronilson Freire. Os que sempre torceram o nariz continuarão a torcer, os que amam
a banda irão amar ainda mais.
8,5
Vitor
Franceschini
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