Não sei se é de se
estranhar ou ficar inconformado que um trabalho desse naipe tenha sido lançado
anteriormente só no exterior. Afinal, o debut desses paulistas foi
originalmente lançado em 2009 na Europa (pelo selo Darzamadicus Recors) e EUA
(através da Sevared Records) e agora – 5 anos depois – chega de forma
independente ao seu país natal.
O trabalho demonstrado
aqui é soberbo, digno de quem tem conhecimento de causa e merece muito
reconhecimento de sua própria cena. Focado no Death Metal dos tempos áureos da
Flórida com um quê do Metal extremo nacional, o disco surpreende não só pelo
extremismo, mas pela qualidade geral das composições.
Em meio a tanta
superficialidade e artificialidade no cenário, o Sangrena foge à regra e
destila uma sonoridade orgânica e tocada com as próprias mãos, como o estilo
deve ser propagado. A banda pode não reinventar nada, mas segue a cartilha do
Death Metal como muitos deveriam fazê-lo.
Um fator preponderante
nas composições do quarteto são as mudanças de ritmos que consagraram muitos
medalhões do estilo. Vide faixas como Cursed
by Revenge, Abyss of Souls e The
Ninth Profecy que terão a aprovação imediata de verdadeiros admiradores do
estilo.
Não bastasse a
qualidade das 11 faixas, ainda há uma produção que merece todos os méritos por
colocar os instrumentos em seus devidos lugares, equilibrando da melhor maneira
que casasse com a sonoridade proposta. Não, não é um trabalho que entra no topo
da lista de melhores de todos os tempos, mas que adiciona ao gênero, isso não
tenha dúvidas.
8,5
Vitor
Franceschini
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