“All Quiet, All Dead”,
título do primeiro álbum dos gaúchos do Keep Them Blind, foi lançado numa
sexta-feira 13 (na última de novembro), mas, com o perdão do trocadilho, nada
que se ouve aqui é tranquilo ou está morto. A sonoridade da banda focada no
Thrash Metal é enérgica e muito viva!
Formada por músicos
gabaritados como Thiago Caurio (bateria, Astafix), Alex Bleggi (vocal), Benhur
Lima (baixo/vocail, Hibria) e Maicon Dorigatti (guitarra), a banda é abrangente
e alia em sua sonoridade elementos que vão desde o já citado Thrash Metal,
passando pelo Groove e dando de cara com o Death Metal.
Versátil, o disco
mostra uma boa variação de arranjos, andamentos e climas, soando interessante
do começo ao fim. Uma verdadeira fábrica de riffs, Maicon Dorigatti é um
guitarrista agressivo que aposta em poucos solos, mas quando o fazem se sai muito
bem. Benhur dispensa apresentações e enfatiza o peso com seu baixo, além de
ajudar com vocais e backing limpos em faixas como Lets Keep Them Blind, Burry Thoughts e In Search For Perfection que podem ser consideradas destaques.
O baterista Thiago Caurio
explora seu kit de forma raramente vista e possui uma pegada impressionante,
enquanto Alex Bleggi urra incansavelmente e, mesmo seu vocal sendo monocórdio,
ele sabe o impor sem que soe cansativo. Destaque para composições como Blindfolded, Throne e a faixa título,
mas o disco todo deve ser apreciado.
“All Quiet, All Dead”
conta com diversas participações especiais como da cantora Patrícia Vianna em
dois interlúdios, João Viegas na percussão e Cassiano Brown da Rocha
(cello/viola). A produção é de Thiago Caurio que conseguiu atingir um resultado
de extremo bom gosto unindo modernidade e o orgânico. Muito bom!
9,0
Vitor
Franceschini
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