(2016 – Importado)
Sign Records
Classic Rock. Alguns
irão dizer: ‘mais do mesmo?’. Dificilmente aparecerá algum grupo de Heavy Metal
e/ou Rock & Roll fazendo algo realmente inédito. Na realidade, na música
como um todo. É ruim? Não! Influenciar-se por outros grupos não é crime. O
importante é ser ‘criativo’. Não há mal algum em se estabelecer dentro de certo
nicho musical, tendo referências para a confecção e conclusão de quaisquer
trabalhos autorais. O MaidaVale é bem isso: imaginação, competência e
honestidade.
A banda sueca foi
formada em um conservatório musical, logo após o término da graduação dos
integrantes. É de suma importância saber profundamente teoria musical para
compor? Não. Há inúmeros exemplos de bandas que, mesmo sem conhecimento
técnico/teórico (que ultimamente, em alguns casos, é sinônimo de ostentação de
música puramente mecânica e chata, pronto, falei! risos) fazem ótimos álbuns,
com ‘sentimento’. Por outro lado, logicamente, ajuda na concretização das
intenções musicais. Bom, isso dá uma briga, porque música não é só técnica.
Melhor deixar para lá... (risos)
Influenciada por bandas
do final da década de 60 e começo dos 70, o MaidaVale imprime características
próprias ao Heavy psicodélico exposto nas nove músicas, que compõem o álbum “Tales
of the Wicked West” de 2016. O trabalho de guitarras é um dos destaques.
Pesado, ‘bluesy’, com ‘riffões’ e acordes abertos típicos dos anos 70. Solos
muito bem construídos. A vocalista lembra a Mariska Veres da melhor fase do
Shocking Blue (do hit Venus), em
minha opinião, banda holandesa de rock ‘malucão’ (risos) do final dos anos 60.
Interessante notar que,
apesar de europeia, a predileção musical da banda vai fundo na Costa Oeste
Americana, pegando aquela onda meio ‘flower power’, meio Heavy Blues, com o uso
de ‘cowbell’ no set de bateria, tudo o que uma ‘good’ (ou ‘bad’) ‘trip’ de
peyote (risos), por exemplo, pode proporcionar.
Os meus destaques: (If You Want the Smoke) Be The Fire, Standby Swing e Heavy & Earth (instrumental ‘locona, lisérgica e ornando com a
capa do disquinho). Formação: Linn Johannesson, Sofia Ström , Matilda Roth e Johanna Hansson. Para os apreciadores de
Classic Rock bem estruturado e interpretado!
8,5
Adalberto
Belgamo
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