(2017 – Nacional)
Shinigami
Records
O Suicide Silence
sofreu com a perda do vocalista Mitch Luckerm, que era um dos fundadores da
banda e gravou três álbuns e morreu em 2012 em um acidente de moto. Com a
entrada de Hernan “Eddie” Hermida (ex-All Shall Perish), o grupo gravou em 2014
o disco “You Can’T Stop Me” (2014) que ainda contava com algumas letras do
saudoso ex-vocalista.
Portanto, “Suicide
Silence” é o primeiro trabalho sem o dedo de Mitch e traz total participação da
atual formação. E, meu amigo, a coisa ferveu bem antes de o álbum sair
completamente... Pois quando foram lançadas as prévias, principalmente a faixa Doris – que aqui abre o disco – os fãs
ficaram furiosos (nem todos, é claro).
Tudo porque a banda
resolveu incluir vocais limpos em suas composições e sair um pouco do foco do
Deathcore, estilo do qual se tornou uma das principais representantes. O fã
mais otimista, que esperava que só essa faixa mostraria linhas limpas um tanto
quanto suspeitas, pode sentar e lamentar, afinal, esse é o álbum mais
‘diferente’ do grupo.
Com produção de Ross
Robinson (Slipknot, Sepultura, Korn), o novo trabalho traz apenas alguns
elementos do Deathcore – ouça as faixas Dyin
in a Red Room e Don’t Be Careful You
Might Hurt Yourself pra matar a saudade - e investe em uma proposta mais
alternativa que chega a colocar um pé e meio no New Metal.
Os vocais limpos
aparecem com freqüência, a banda aplica a isso andamentos mais lentos, porém um
tanto quanto na contramão, investindo em viradas um tanto quanto estranhas, mas
bem feitas e quebradas de ritmos desconexas, soando no mínimo excêntricos.
Mas, aquela falta do
Deathcore mais direto do grupo perambula durante toda a audição. O disco é
ruim? Não. É chato? Um pouco. É bom? Sim pelo que é proposto. O problema é que
“Suicide Silence” tem pouco do que foi construído até então pela banda. Se
quiseram mudar, terão que arcar com as consequências.
7,5
Vitor Franceschini
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