(2017
– Importado)
Independente
O aspecto técnico (sem
perder a essência e a agressividade) do Death Metal evolui dia a dia.
Gradativamente, vem incorporando elementos musicais ‘estranhos’ ao universo
metálico. É bom ou ruim? Depende das referências de cada ouvinte. Minha
opinião: não perdendo a brutalidade... venha! (risos)
De Boston, o The
Summoned não tem medo se arriscar por outros caminhos, agregando elementos de
Jazz e Math Rock ao estilo. Em “Sessions”, a banda entrega 9 faixas muito bem
trabalhadas e diversificadas. Todos os elementos (‘blast beat’, vocais
guturais...) comuns ao Death Metal estão presentes no álbum, mas o que
realmente chama atenção é a ‘rifferama’ e os andamentos das canções,
construindo (ou desconstruindo) harmonias e melodias distintas. Difícil
classificar o som, pois não é apenas Death Metal técnico e moderno.
“Sessions” é um
trabalho conceitual. Conta a história de um homem, recém liberto do coma,
internado em um hospital psiquiátrico, no qual é submetido a testes, que o
levam a confrontar os próprios medos. O interessante é a ‘interação’ rítmica
e/ou instrumental com a narrativa. Sincronicamente perfeita!
Muito se discute sobre
a evolução musical no Death Metal. Se por um lado, há vários grupos se
destacando pela técnica apurada (não ostentativa), em contrapartida, há os que
resistem às mudanças. Saindo do âmbito extremo, o Mastodon, por exemplo,
consegue ser técnico e pesado ao mesmo tempo, não comprometendo a integridade
da banda. O The Summoned segue o mesmo caminho, pois a brutalidade está intacta
em cada compasso das canções.
9,0
Adalberto Belgamo
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