(2017
– Nacional)
Cemitério
Records
E os bóias-frias do
Grindcore estão de volta com seu terceiro álbum de inéditas em três anos de
carreira. Afinal de contas, no campo não há tempo a perder, a safra mal acaba e
o plantio já recomeça. Feliz daqueles que são alimentados pelos melhor do
barulho do underground.
A dupla Dito
(vocal/guitarra) e Bento (bateria) traz consigo a tradicional pegada, porém
sempre acrescentando algo mais e mantendo a característica principal da banda,
que é o carisma. Impressiona como esse sentimento transborda em cada segundo do
novo álbum, algo que o duo conquistou rapidamente em sua carreira.
Parecendo mais seguros,
Dito e Bento trazem também uma veia ainda mais focada no Death Metal, apesar de
a base continuar sendo o tão amado Grindcore. Fato é que é a gama de riffs está
mais variada e as viradas e variações de bateria soam um pouco mais
consistentes, como o Metal da morte pede.
Produzido mais uma vez
no Estúdio Távola ao lado de Artur Rinaldi (The Assault), a sonoridade dessa
vez soa um pouco mais límpida, mas nada que tire a ‘tosqueira’ tão tradicional
da dupla e suas composições peculiares. Destaque para o peso da guitarra de
Dito que soa cada vez mais característico, sendo esse o que poderíamos chamar
de DNA D’Os Capial.
São 28 faixas, com dois
covers da banda Horrísono e os destaques vão para Ácaro, a ‘comunitária’ Baruio
(que contou com participação de quase 30 fãs, parceiros, músicos e
simpatizantes), a excelente Comitiva
e mais uma participação especial, desta vez de Péricles Zuanon (Liniker e os
Caramelows), a faixa título com seu início e fim calmo, além de enganoso, e da
‘educativa’ Tríplice Lavagem. Mais
uma colheita farta!
8,5
Vitor
Franceschini
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