(2017
– Nacional)
Hellion
Records
Pouco mais de um mês após
o lançamento mundial de “We The People”, terceiro trabalho do Adrenaline Mob, a
banda sofreu um acidente em Gainesville, na Flórida, que vitimou na hora o
baixista David Z (David Zablidowsky), que acabara de integrar a banda no mesmo
ano, além da tour manager Janet Rains, que morreu um mês após o acidente,
depois de cerca de 40 dias internada em estado gravíssimo.
Tal fato obviamente
ofuscou o lançamento do trabalho, não poderia ser diferente. Um ano depois, o
disco pode ser melhor absorvido e isso mostra o quanto a banda impôs qualidade
no álbum, principalmente se pensarmos que perderam peças importantes do ‘dream
team’ que compôs o álbum anterior, “Men of Honor” (2014), que contou com A.J.
Pero (bateria, Twisted Sister) que também falecera, mas por complicações
cardíacas.
Potente e acessível podem
ser características que definam bem “We The People”, pois o trabalho mostra ao
mesmo tempo peso e ‘grooves’ em doses extras, ao mesmo tempo em que sua
produção ‘redonda’ eleva sua acessibilidade, que ainda é adocicada por boas
melodias e fortes refrãos.
O trabalho de guitarras
de Mike Orlando traduz perfeitamente os tempos modernos no instrumento. Riffs
precisos, adotando as linhas de ‘groove’ impostas pela cozinha e ótimos solos
que, proporcionais, enriquecem demais as músicas. Tudo aliado a uma cozinha
potente, com destaque para a bateria precisa de Jordan Cannata.
Russel Allen
(Allen-Lande, Symphony X) mostra um de seus trabalhos mais versáteis,
transitando de seu vocal típico a drives que beiram o gutural em diversos
momentos, se encaixando perfeitamente à proposta moderna do Adrenaline Mob.
Características essas que vinham sendo construídas nos trabalhos anteriores.
Destaque para faixas como
King of The Ring, a pegajosa The Killer's Inside, What You're Made Of,
Raise 'Em Up (que bateria é essa, senhor Cannara?) e Lords of Thunder que fecha o disco com maestria. O cover para Rebel Yell de Billy Idol é a diversão
extra do trabalho, que teve uma produção perfeita a cargo do próprio Orlando,
em seu estúdio Orlando’s Sonic Stomp Studio.
8,5
Vitor
Franceschini
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