(2017
– Nacional)
Hellion
Records
Lançado no ano passado, “Bloodlust”,
sétimo disco do Body Count chega ao mercado nacional em 2018 e isso é de grande
valia para o ‘headbanger’ brasileiro. Afinal, estamos diante de um dos melhores
lançamentos do grupo liderado por Tracy Lauren Marrow (vocal), também conhecido
como Ice-T.
Para muita gente, o som
praticado pela banda não é tolerado, mesmo o Body Count tendo gravado um
verdadeiro clássico do Metal em 1992 no seu debut autointitulado. Simplesmente
porque Ice-T, como rapper que o é, coloca suas linhas vocais influenciadas
nesta escola.
Porém, a sonoridade da
banda é mais Metal que muitas coisas aí que se diz tal e em “Bloodlust”
impressiona como a música pesada se faz presente. O Thrash é a referência
principal, e isso já fica evidente na faixa de abertura Civil War, que conta com participação especial de Dave Mustaine,
isso mesmo! E a faixa já é destruidora, perfeita para abrir o trabalho.
This
Is Why We Ride é melodiosa, emotiva e carrega aquela
veia ‘rapper’ dos anos 80, com riffs longos de guitarras e uma levada mais
branda da cozinha. All Love Is Lost, que
conta com participação de Max Cavalera, traz a agressividade de volta, enquanto
logo depois um ‘medleyzinho’ de Rainig
Blood+Postmortem do Slayer dá conta de derrubar tudo bem no meio da
audição.
God,
Please Believe Me e Walk
With Me... com Randy Blythe do Lamb Of God também merecem menção, essa
última trazendo bastante influências da banda conterrânea na velocidade, peso e
groove, enquanto o apelo social na letra de No Lives Matter chega a arrepiar e
ser o momento lírico mais perfeito do trabalho.
Com destaque para os
riffs e timbres das guitarras, a produção de “Bloodlust” é primorosa, trazendo
naturalidade e um sonoridade atemporal ao mesmo tempo. Mérito do produtor Will
Putney e da própria banda que também trabalhou esta parte do disco. Simplesmente
demais!
9,0
Vitor
Franceschini
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