(2018
– Nacional)
Hellion
Records
O Samael carrega o peso
de clássicos absolutos do Black Metal como “Worship Him” (1991), “Blood Ritual”
(1992) e “Ceremony of Opposites” (1994) até os dias atuais. Peculiares, mas sem
exageros, os discos marcaram época e a banda, com suas características únicas.
Depois, mesmo lançando
trabalhos de qualidade, a banda optou por ousar e investiu em trabalhos mais
abrangentes e modernos, adotando elementos eletrônicos e industriais, o que
gerou a fúria de seus seguidores. Mesmo tendo discos de qualidade, como o
famigerado e polêmico “Eternal” (1999).
Mas, mudanças bruscas
correm esse risco, e a única coisa que não pode ser contestada é o talento do
grupo suíço encabeçado pelos irmãos Xy (bateria/teclado/programação) e Vorph
(guitarra/vocal), que aqui contaram com Mak (guitarra) e Drop (baixo), dois
recém-chegados.
Talvez “Hegemony” seja o
trabalho que mais se aproxime do Metal extremo que a banda apresentou 24 anos
atrás, quando lançou “Ceremony of Opposites”. Sim, ainda há os elementos
industriais, mas aqui eles servem como acessórios, sendo que o peso e a
organicidade do Metal aparecem nas cordas. Ou seja, as guitarras estão muito
boas neste que é o décimo primeiro disco da banda.
A batida da bateria programada
deixa o som maçante em alguns momentos, parece repetitivo, com algumas poucas
variações, mas quando a banda investe em sintetizadores sinfônicos, isso tudo é
suprido e o orgulho de ouvir Samael volta à tona sem pestanejar.
É só ouvir composições
como Samael, Black Supremacy
(soberba!), Land of The Living e Dictate of Transparency. A produção do
vanguardista Waldemar Sorychta e do próprio Xy conseguiu deixar a sonoridade
orgânica, mais um passo de volta ao passado do Samael. Ainda há um cover para Helter Skelter dos Beatles que ficou
muito legal e a bônus de Storm of Fire.
8,5
Vitor
Franceschini
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