(2019
– Nacional)
Nuclear
Blast / Shinigami Records
O Death Angel vem de dois
álbuns regulares: “The Dream Calls for Blood” (2013) e “The Evil Divide”
(2016). Dois trabalhos que mostram o que a banda é, mas de especial mesmo oferecem
pouca coisa. Dois discos certinhos, bem produzidos, mas que quase passam
despercebidos.
E, com “Humanicide”, a
banda perece que não queria esse mais do mesmo e resolveu abalar as estruturas.
O mais legal de tudo é que os integrantes clássicos Mark Osegueda (vocal), Rob
Cavestany (guitarra) e Cia. não se preocuparam em resgatar algo. Claro,
mantiveram as características do Death Angel, mas soam totalmente atuais.
A banda consegue
transitar praticamente por todas as facetas do Thrash Metal, inclusive trazendo
algumas referências de bandas contemporâneas suas, o que parece soar absurdo,
mas é extremamente bacana. E isso se destrincha em riffs magistrais, solos
inspirados, uma cozinha correta e um Osegueda com uma gana incrível nos seus
vocais.
A faixa título abre o
disco com um poder de fogo impressionante, dinamismo e quebradas rápidas. Divine Defector tem um riff inicinal de
tirar o fôlego, em I Came For Blood a
banda incorpora uma levada e refrão na linha do Tankard (!), sendo que em Immortal Behated a banda explora aquele
dedilhado manjado, levada cadenciada e um solo sensacional de guitarra.
Ainda pode-se destacar
faixas como Alive and Screaming, The Pack
e a bônus The Day I Walked Away, que
traz leves toques progressivos. A produção de Jason Suecof e de Cavestany prima
pelo atual e consegue equilibrar-se, sem soar excessivamente moderna. Que
petardo, meus caros.
9,0
Vitor
Franceschini
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