sexta-feira, 19 de julho de 2019

Death Angel – “Humanicide”


(2019 – Nacional)

Nuclear Blast / Shinigami Records

O Death Angel vem de dois álbuns regulares: “The Dream Calls for Blood” (2013) e “The Evil Divide” (2016). Dois trabalhos que mostram o que a banda é, mas de especial mesmo oferecem pouca coisa. Dois discos certinhos, bem produzidos, mas que quase passam despercebidos.

E, com “Humanicide”, a banda perece que não queria esse mais do mesmo e resolveu abalar as estruturas. O mais legal de tudo é que os integrantes clássicos Mark Osegueda (vocal), Rob Cavestany (guitarra) e Cia. não se preocuparam em resgatar algo. Claro, mantiveram as características do Death Angel, mas soam totalmente atuais.

A banda consegue transitar praticamente por todas as facetas do Thrash Metal, inclusive trazendo algumas referências de bandas contemporâneas suas, o que parece soar absurdo, mas é extremamente bacana. E isso se destrincha em riffs magistrais, solos inspirados, uma cozinha correta e um Osegueda com uma gana incrível nos seus vocais.

A faixa título abre o disco com um poder de fogo impressionante, dinamismo e quebradas rápidas. Divine Defector tem um riff inicinal de tirar o fôlego, em I Came For Blood a banda incorpora uma levada e refrão na linha do Tankard (!), sendo que em Immortal Behated a banda explora aquele dedilhado manjado, levada cadenciada e um solo sensacional de guitarra.

Ainda pode-se destacar faixas como Alive and Screaming, The Pack e a bônus The Day I Walked Away, que traz leves toques progressivos. A produção de Jason Suecof e de Cavestany prima pelo atual e consegue equilibrar-se, sem soar excessivamente moderna. Que petardo, meus caros.


9,0

Vitor Franceschini




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