(2019
– Nacional)
Independente
Quando um trabalho chama
atenção de cara, arrebitando as orelhas de quem ouve, já tem sentimento
envolvido. Ainda mais quando se trata de um estilo tão explorado, no caso o
Power Metal. Aí você lê o release da banda e confirma: trata-se de um disco com
total sentimento envolvido, mesmo tendo letras fictícias (chegaremos lá).
Primeiramente que o Dagor
Sorhdeam é uma banda novíssima, fundada ano passado. A experiência transparece
nas músicas, que trazem todos os clichês do estilo, mas com identidade e
versatilidade nos arranjos, além de melodias bem equilibradas. O mais
importante, é que não falta peso.
Trabalho de guitarras
consistentes de Bruno Sena, seguido por uma cozinha densa, com pegada, onde o
próprio Sena cuida das linhas vibrantes de baixo, e o baterista Alex
Christopher (Andragonia, Benaiah, ex-Haloperidol) explora bem o seu kit.
Enquanto isso, Fe Nabhan, o homem por trás de todo conceito instrumental e
lírico do trabalho, incrementa o disco com orquestrações intensas que seguem a
proposta. O vocalista Gus Castro é a cereja do bolo, com interpretação
equilibrada e dentro dos limites.
As letras do disco foram
escritas num hospital, em momentos de reflexão, quando Fe Nabhan era acompanhante.
Trazem histórias fictícias, porém inspiradas em guerras e invasões reais. Cada
tema se passa em um país, destacados no encarte (mostrando mais um pouco do
profissionalismo da banda).
“Fog of War”, expressão
atribuída ao analista militar prussiano Carl Von Clausewitz, que retrata
incertezas, tem produção de Thiago Bianchi (Noturnall), que conseguiu captar
bem a agressividade da banda, até com uma sonoridade um pouco suja e qualificar
ainda mais o disco. Que baita surpresa!
9,0
Vitor
Franceschini
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