Por Vitor Franceschini
Além de algumas postagens bem inúteis e apenas provocativas (do tipo Chaves é melhor que Friends, entre outras), o que me inspirou a escrever este texto foi a bela coluna do amigo Adalberto Belgamo, In Lo(u)co, aqui mesmo do blog, quando ele pôs em pauta as fases do Black Sabbath (confira aqui).
Na ocasião, o querido ‘Adalba’ descreve as fases da maior banda de Heavy Metal de todos os tempos, destacando suas importâncias e valores. Ou seja, tudo. Afinal, quem criou essa barulheira que a gente gosta, tem toda sua carreira como fundamental para a história da música pesada.
Mas, não é exatamente sobre isso que quero falar. O mundo anda tão polarizado, que sim, vemos brigas nas redes sociais (sempre elas) para definir se é biscoito ou bolacha. Claro que muitas destas discussões são saudáveis e um simples passa tempo, mas sempre nos pegamos em outras totalmente sem fundamentos que tira o principal fator que move a arte: a democracia.
E antes que qualquer ‘hater’ venha com sete pedras para jogar no autor do texto, não me refiro a questão política do sistema. Ok, o principal significado da palavra é político, mas há mais abrangência. Em questão, vamos para o princípio da escolha. Da liberdade que o sistema nos dá em escolher.
Neste caso, nada é mais democrático que a arte e nisso inclui-se a música. Ou seja, não há nada que impeça você de ouvir uma ou outra banda pelo simples fato de elas se rivalizarem em suas carreiras, na boca dos fãs ou naturalmente pela sonoridade que praticam. Sim, se o leitor lembrou imediatamente de Metallica x Megadeth, Ozzy x Dio, Sepultura x Sarcófago, ou até mesmo Sepultura da fase Max com o atual, é sobre isso mesmo que estamos falando.
E jamais podemos esquecer dos maiores do mundo da música, isto é, Rolling Stones x Beatles. Em discussões saudáveis isso é sempre bacana. Destacar as qualidades e vaciladas de cada um, os melhores discos, as melhore fases. Mas, quando isso ultrapassa o respeito e o bom senso não dá. Vira briga de torcida de futebol.
Dentre os ‘caga-regras’ do cenário, se você ouve uma banda, não pode ouvir outra. E onde está escrito isso? Em lugar nenhum. Nada é tão livre quanto a música (arte) neste sentido. O leitor pode ouvir Megadeth e o Metallica sem amarras, no mesmo dia, na mesma hora, conforme conseguir, assim como qualquer outra banda, cantor deste mundão ‘véio’ sem porteira. Debater as qualidades de cada um é outra história. Até porque é uma questão de gosto.
As pessoas precisam diminuir o ritmo negativo e impositivo ao qual as redes sociais as estão levando, e entender que nem tudo é uma disputa. Muito pelo contrário. Dentro do cenário cultural, quanto mais se consome bons trabalhos, mais abrangente fica sua forma de pensar, mais aberta fica sua mente e maior sua reflexão. Mas, partindo de um ponto simples, tornar disputa algo ‘indisputável’, assim diríamos, é de uma chatice tremenda. Ouça aquilo que você quiser.
*Vitor Franceschini é editor do ARTE METAL, jornalista graduado, palmeirense e headbanger que ama música em geral, principalmente a boa. Não engole a atual fase do Sepultura, mas e daí?
Muito legal Vítor! Me faz pensar que todas essas bandas das antigas nos trouxeram até aqui! Meu vomito nunca foi preto mas de um jeito ou de outro somos o que somos por causa delas! Grande abraço!
ResponderExcluirSucesso!!
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