Não serei nem o último
e nem o primeiro a comentar o imbróglio que envolve o Queensrÿche e seu agora
ex-vocalista Geoff Tate (que mantém uma banda homônima e lançou um disco bem
mediano em abril deste ano intitulado “Frequency Unknown”). Muito menos farei
comparações.
O fato é que é este
Queensrÿche (que briga com Tate na justiça pelo nome do grupo) saiu na frente.
A impressão que tenho, é que os dois grandes (ex) compositores da banda, no
caso o guitarrista Chris De Garmo (que saiu em 2003) e próprio Geoff Tate foram
responsáveis por tirar a banda dos trilhos durante um bom período em que
lançaram discos pífios.
Porém, isso é apenas
uma impressão, já que os remanescentes Michael Wilton (guitarra), Scott
Rockenfield (bateria) e Eddie Jackson (baixo) ficaram na banda, e foram
responsáveis pelas ótimas composições aqui contidas. E assim, sentimos um belo
retorno às origens sem soar forçado.
Todd La Torre, o novo
vocalista manda muito bem, e lembra Tate em alguns momentos. Porém, sua voz é
menos límpida, mais rouca e se encaixa mais ao lado Hard Rock da banda. Aliás,
o trabalho vocal do disco está ótimo, com refrãos dobrados e backing bem
suaves, como pode ser constatado em faixas como Redemption e Vindication,
que estão bem interligadas no disco.
O lado progressivo da
banda está seguindo bem a linha dos álbuns clássicos que nem precisam de
menção. O jovem guitarrista Parker Lundgren parece ter se entrosado bem com
Wilton, o que pode ser comprovado já em Where
Dreams Go to Die e na balada viajante A
World Without.
O fato é que o 13º
álbum do Queensrÿche, este auto-intitulado, mostra uma banda com energia e que
parece ter reencontrado seu caminho. Sem dúvidas esse é o melhor trabalho da
banda desde “Empire” (1990) ou no mínimo, um dos melhores.
8,5
Vitor
Franceschini
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