Formada em 2007, a
banda gaúcha Prophajnt conta atualmente com Gustavo Refosco (baixo e backing
vocals), Márcio Ritter (guitarra, violão e teclados), Rodrigo Marques (bateria)
e Verônica Pasqualin (vocais). Mesclando Metal, Hard Rock e AOR, o quarteto lançou
em 2013 seu primeiro EP “A New Beginning” que vem recebendo ótimas críticas da
mídia especializada. Nas linhas abaixo conversamos com a vocalista Verônica e
com Gustavo, que nos discorreram sobre o EP e outros assuntos envolvendo a
banda.
Primeiramente
explique-nos a origem e o significado do nome da banda, já que é um pouco
atípico.
Verônica:
O nome"Prophajnt" foi cunhado pela banda lá em 2007, quando o Gustavo
e o Rodrigo ainda não estavam na banda e tínhamos outros membros. Na época,
éramos quatro pessoas: eu, o Márcio, a Luana Lima (que assumia os backing
vocals) e o Maurício Sortica (nos teclados). Estávamos nós quatro na casa da
Luana, conversando sobre que nome dar à banda. Não lembro exatamente quem
lançou a ideia, mas "Prophajnt" surgiu da união de duas palavras da
Língua Inglesa, a saber, "profane", que significa
"profano", e "feint", que significa "finta". Na união das palavras, trocamos e inserimos
algumas letras e, se não me engano, essa sugestão veio da Luana. Segunda ela,
isso favorece a numerologia do nome.
Vocês
estão há 6 anos na ativa, mas não haviam lançado nenhum trabalho até então, nem
mesmo demonstrativo. Por que a demora em soltar o primeiro EP?
Gustavo:
Na verdade lançamos um single em 2010, chamado "Pain on my Soul", que
chegou a render uma pequena visibilidade para a banda. A música não está mais
disponível por enquanto, por diferir um pouco do trabalho atual, mas o som
certamente não foi abandonado, em algum momento ela vai voltar! A demora se
deve a diversas dificuldades, dentre elas organização e a principal:
financeira. Foi preciso muito planejamento e economia para conseguir
concretizar esse que era um desejo há muito tempo.
Verônica:
Além dessa inegável dificuldade financeira, cada um de nós tem outras
atividades durante a semana (inclusive nos fins de semana!) além da banda. A
dedicação que precisamos dispensar a essas outras atividades nós toma bastante
tempo e às vezes não conseguimos dedicar tanto tempo à banda quanto
gostaríamos. Além de compor e tocar
nossas músicas, nós fazemos todo o trabalho "off stage" (com poucas
exceções) relacionado à banda por conta própria. Isso, obviamente, faz com que
exista uma demora um pouco maior do que se tivéssemos outras pessoas nesse
trabalho. Conforme for a necessidade e a intensidade das atividades da
Prophajnt, vamos ter outras pessoas trabalhando conosco.
E
como foi o processo de composição de “A New Beginning”? As músicas neles
contidas vêm de todo esse tempo de banda?
Verônica:
As músicas que compõem "A New Beginning" advêm de momentos bem
distintos desses 6 anos de banda, mas também de anos anteriores a ela. O Márcio
trouxe as músicas Angel of Mine, Escape from the Fire e A New Beginning, que foram compostas
antes da formação da Prophajnt. De 2009 para cá, vieram Face Your Truth, Strong
Enough e Inner Mess. Quando vamos
compor alguma música, normalmente alguém já vem com alguma ideia de letra ou
arranjo, ou até mesmo com uma letra ou uma estrutura já quase concluída. Cada
um adiciona suas ideias (seja nas letras, seja na estrutura da música) e
testamos e ensaiamos muito! Somente
apresentamos a música ao vivo e consideramos a possibilidade de gravá-la se ela
está "madura".
A
sonoridade da banda transita entre Heavy Metal, Hard Rock e AOR. Essas sempre
foram as influências da banda ou isso soa naturalmente?
Gustavo:
O modo como a banda soa é consequência das diferentes influências de cada
membro. Existe, claro, um ponto em comum, mas basicamente todos têm liberdade
para contribuir de alguma forma. Eu, por exemplo, gosto de pegar influências de
estilos em que o baixo predomina, como funk, e misturar com o som que fazemos.
Aliás,
vocês possuem uma vocalista mulher. As pessoas às vezes não os confundem com
uma banda de Gothic Metal, que introduziu de vez as vocalistas mulheres na
música pesada?
Gustavo:
Eu
tenho lido bastante os termos "melódico" e "progressivo" na
descrição do nosso trabalho, mas não vi uma comparação com Gothic. Acho que as
pessoas estão sabendo diferenciar bem.
Verônica:
Creio que é bem isso que o Gustavo disse. Além disso, acho que tanto as
influências expressas nas nossas músicas como os covers que tocamos contribuem
muito para que não exista essa confusão.
Voltando
ao EP, outro fator notado é a coesão de vocês. Isso faz com que a banda soe
como banda mesmo, sem um destaque individual se sobressair. Qual a importância
vocês vêem nisso?
Gustavo:
Uma das coisas que me atraiu na banda e me fez querer fazer parte foi a
preocupação que o Márcio tem em fazer todos os elementos da música conversarem
entre si. É assim que a música soa como uma coisa só, e não como diversas
coisas espalhadas. Para mim, o desafio não é fazer algo impressionante
individualmente, o desafio está na complexidade envolvida em dividir as
tarefas.
Apesar
de ser um EP, ou seja, um trabalho de prévia, “A New Beginning” possui boa
produção tanto gráfica, quanto sonora. O fato da internet proporcionar
facilmente músicas para baixarem faz com que isso se torne fundamental na
concepção geral de um trabalho físico?
Gustavo:
A principal preocupação na hora de fazer o "A New Beginning" foi que
a banda tivesse boas músicas a oferecer, ou seja, a principal preocupação era
que a composição fosse boa e que soasse bem. Acredito que o trabalho físico
deve existir, pois sempre haverá alguém que vai querer ter esse material em
mãos, com toda a qualidade que ele pode oferecer, e falo isso pela beleza de
ter um disco, com uma capa e um encarte para apreciar, enquanto a música é
ouvida. Inclusive nós apreciamos isso. Temos apenas que saber jogar com as
oportunidades que a internet nos dá, então o download ou a audição online
também são possibilidades para quem deseja conhecer o trabalho.
E
como está a repercussão do EP, tanto por parte da mídia quanto por parte do
público?
Gustavo:
Tanto mídia quanto público receberam muito bem o trabalho, o que nos deixou
realmente felizes! Temos conseguido diversos reviews bastante positivos, em
diversos sites e blogs especializados. O público também recebe bem o trabalho,
elogiando e pedindo para ouvir mais (sentimos isso bastante nos shows
realizados). Sinto apenas que poucas pessoas ainda tiveram oportunidade de
ouvir as músicas, então estamos estudando formas de levar isso a uma quantidade
maior de pessoas, sempre com o apoio da mídia especializada, pois queremos que
mais pessoas nos conheçam.
E
a agenda de shows? Há espaços para tocar?
Gustavo:
Lançamos o EP em julho, e em seguida a Verônica teve que viajar para os EUA,
devido a uma oportunidade profissional, onde ficará até maio de 2014. Mas
estamos desde já buscando contatos para shows após o retorno dela, então já
estamos disponíveis para a marcação de shows. Quanto aos espaços, há diversos
lugares em que gostaríamos de tocar, mas um lugar que sempre esteve de portas
abertas para a Prophajnt e permitiu que fizéssemos muita coisa foi o Eclipse
Studio Bar, em Porto Alegre.
E
quanto a um álbum completo? O que vocês podem nos adiantar a respeito?
Gustavo:
Acredito que seja uma continuidade natural das coisas. Se der certo como
desejamos que dê, queremos gravar quantos álbuns forem possíveis! As ideias são
sempre muitas, mas precisamos vencer muitas dificuldades antes.
Falou bonito! Desejo toda a sorte do mundo pois caráter e talento o povo tem!
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