De alguma forma o
Addicted To Pain faz um som diferenciado. Isso porque muitos irão (como sempre)
procurar algo para comparar com a banda, já que isso é inevitável dentro do Metal
hoje em dia. De qualquer forma, a banda tem em sua música a sua própria
essência e isso já é algo que ganha um ponto positivo.
Apesar de nova (a banda
foi fundada em 2013), o quarteto é experiente tendo a frente o líder João Paulo
Pretti (vocal) que é acompanhado por Thiago Oliveira (guitarra, Seventh Seal,
Warrel Dane), Fábio Carito (baixo, Shadowside, SupreMa, Instincted, Warrel
Dane, Skin Culture) e Marcos Dotta (bateria, Skin Culture, Warrel Dane).
Difícil é rotular a
sonoridade, o que é mais um ponto positivo. Mesclando Heavy Metal com Prog, o
ouvinte ainda pode encontrar elementos do Hard Rock nas quatro composições. O
que mais surpreende é o peso na medida certa que não tira a acentuação pop e
acessível das músicas, sendo que isso não é algo negativo, pelo contrário,
mostra a real qualidade das composições.
A música de trabalho, The Kings Never Die já é um hit, possui
certa agressividade e arranjos de teclado modernos (nesta faixa a cargo de Jr. Carelli do Noturnall). Street Of Forgotten Dreams também é pegajosa, sendo que Queen Of All Lies é a mais Power Metal
do disco e Angel In My Mind possui
uma veia Gothic Rock.
Além da qualidade das
músicas, o Addicted to Pain soube buscar os produtores certos, já que Brendan
Duffey e Adriano Daga produziram o EP no Norcal Studios e o resultado é óbvio:
excelente. Assim como a arte gráfica a cargo de Gustavo Sazes (Morbid Angel,
Arch Enemy) que surpreende com uma tonalidade atípica do artista. EP com cara
de debut.
8,5
Vitor
Franceschini
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