Muitos críticos no
Metal sempre pedem originalidade, criatividade e/ou inovação no estilo, mesmo
sabendo que há muito pouco a se explorar no mesmo. Claro, bandas que trazem
propostas interessantes e originalidade são essenciais, mas há aqueles que
preferem seguir uma cartilha e se sair melhor na execução do que na
originalidade em si.
Este é o caso desses
gaúchos, já que o Thrash Metal que apresentam pouco traz de novidade, mas é
muito bem feito e cativante. Claro que o quarteto impõe suas características,
mas é nítido que não se importam em inovar ou revolucionar o Metal e sim servir
como mais lenha ainda na fogueira de um estilo idolatrado.
Não, a banda não se
encaixa no retro-Thrash cheio de coletes e tênis Le Cheval, o Hollow bebe na
fonte do Sepultura (fase “Chaos A.D.), Machine Head e outros grupos menos
conhecidos como Pissing Razors e Dibelief. Ou seja, a banda prima por peso e
agressividade em sua música.
Os riffs são
encantadores no trabalho e essenciais à música da banda, sendo que a cozinha
encaixa ‘grooves’ na medida certa, não fazendo com que o grupo se torne algo
muito atual, mas mesmo assim soando atemporal, se é que me entendem. Tudo tendo
os vocais guturais de Renan Cauê Müller (também guitarrista) passando a
mensagem da banda.
É importante ressaltar
que o Hollow não aposta apenas na velocidade e em algumas quebradas redobra o
peso com passagens mais cadenciadas, porém não menos brutais. Difícil destacar
apenas aquela ou essa composição, mas os fortes refrãos de Strength e It Never Rests,
assim como a levada de ambas marcam logo de início. Ótima estreia.
8,5
Vitor
Franceschini
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