(2016 – EP – Nacional)
Independente
O primeiro EP da banda
mineira Demolition chega de forma conturbada. Afinal, logo após a gravação de “Manipulation
For Tragedy”, o vocalista Zenn Augusto foi substituído por Thaís Teixeira. Como
o EP já havia sido gravado e prensado com o antigo vocalista, a banda não
perdeu tempo e regravou todas as faixas contidas no material, já com a
performance da nova integrante.
O Demolition sempre
apostou no Thrash Metal na sua forma mais bruta e a entrada da nova vocalista
dá ainda mais ênfase a essa brutalidade, já que Thais possui uma pegada e
timbre que beira o Death Metal. Sem exageros, nem parece que a moça estreia
como vocalista, já que detona um gutural/rasgado de tirar o fôlego e mantendo
sua feminilidade.
O instrumental mostra
que a banda tem conhecimento de causa, mas não se arrisca em ‘mirabolâncias’
técnicas, impondo o necessário como pede o estilo. Fato é que enquanto o
guitarrista Gabriel Vieira é uma fábrica de riffs (dá até pouco espaço pra
solos), Junior Silveira insere linhas consistentes de baixo que não deixam abrir
uma aresta sequer. O experiente baterista Wagner Oliveira (ex-Silent Cry)
explora seu kit da forma necessária impondo velocidade e precisão dignas de
aplausos.
São quatro composições
que se completam e fazem com que o EP soe homogêneo, mas de uma forma positiva,
pois há variação e alternância de ritmos. Destaque para as faixas Influence e Manipulation, que estão um ‘dedinho’ à frente das outras duas. A
produção é de primeira, assim como a bela arte da capa.
Vale destacar que “Manipulation
For Tragedy” está disponível em formato físico e em todas as cópias está
contido um QR Code que dá direito a quem adquirir o material baixar todas as
quatro faixas com os vocais da nova vocalista. Isto é, você adquire o EP e
ganha o direito de ouvir duas versões diferentes do material. Bela estreia!
8,5
Vitor
Franceschini
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