(2016
– EP – Nacional)
Independente
“Insurgência” é aquele
tipo de trabalho que, além do seu conteúdo, tudo o que o circunda mostra que
tanto faz a língua cantada pela banda. Explicando melhor, a embalagem digipack,
a arte gráfica, a produção sonora e enfim o conteúdo do álbum, fazem com que o
fato de a banda cantar em português a distancia do exterior soe pífio.
Não é uma indagação na
linha ‘complexo de vira-lata’, mas um fato. Outra coisa que passa batida devido
a qualidade do conjunto da obra é o fato de a banda contar com uma ‘frontwoman’
que destila vocais urrados e rasgados da forma mais raivosa possível, mostrando
uma versatilidade tremenda.
E tudo isso não é
desmerecer as outras qualidades mencionadas, mas sim notar que a banda se
preocupou com o ‘todo’. Sua sonoridade atual traz um peso absurdo, mas uma
agressividade ainda maior com elementos que vão do Thrash Metal, passando pelo
Groove Metal e até Death Metal, este último em doses mais homeopáticas.
Se utilizando de uma
sonoridade mais intensa do que melódica, riffs em doses elevadas e andamentos
quebrados dão a tônica das músicas, que contam com samples na media certa e uma
cozinha potente com um baixo que se desprende de linhas comuns e bateria
precisa.
A produção sonora a
cargo de Rogério Oliveira é acima da média e foge um pouco dos padrões ‘excesso
de modernidade’, além de se encaixar perfeitamente com a proposta da banda. As
letras abordam a realidade com temáticas de certa forma positivas e
incentivadoras. Positiva, aliás, como a estreia. Muito bom!
8,5
Vitor
Franceschini
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