(2017 – Nacional)
Hellion Records
“The Source”, o retorno
do gênio holandês Arjen Lucassen com o Ayreon, traz a parte inicial da história
(que se passa em um mundo fictício) que o músico criou há praticamente duas
décadas e vêm encantando os fãs da música pesada, principalmente com foco no Rock/Metal
progressivo e Metal sinfônico.
A sinopse da história é
mais ou menos essa: no planeta Alpha da Galáxia Andrômeda, o controle sobre o
mundo é dado a máquinas na esperança de que elas resolvam os problemas
ecológicos que o afligem. Para salvar o globo, elas determinam que basta
eliminar a humanidade. Um grupo de dez alphas e um computador leal à humanidade
são selecionados para abandonar o corpo celeste decadente e garantir a
sobrevivência da raça em outro lugar. O destino encontrado é um mundo aquático
orbitando Sirah, como também é conhecido o planeta.
O disco traz uma gama
enorme de convidados: Tommy Karevik (Kamelot), Michael Mills (Toehider), James
LaBrie (Dream Theater), Simone Simons (Epica), Tobias Sammet (Edguy,
Avantasia), Hansi Kürsch (Blind Guardian), Russell Allen (Symphony X,
Adrenaline Mob) e Floor Jansen (Nightwish, ex-After Forever, ex-ReVamp). Além de Tommy Rogers (Between the Buried and Me), Nils
K. Rue (Pagan's Mind), Michael Eriksen (Circus Maximus) e Zaher Zorgati
(Myrath). Mark Kelly (Marillion) num solo de teclado e Paul Gilbert (Mr. Big,
Racer X), Guthrie Govan (The Aristocrats, ex-Asia) e Marcel Coenen (Sun Caged)
em solos de guitarra.
Note que muitos integrantes
retornaram ao projeto, algo inovador, até porque Lucassen sempre preferiu
renovar o front... Claro que desta junção de feras não podia sair coisa melhor,
e “The Source” é um disco maravilhoso, pomposo, com arranjos objetivos, apesar
de detalhadamente bem elaborados.
O disco é duplo, e em
sua primeira parte traz algo mais pesado e com duelos vocais de tirar o fôlego.
O destaque (praticamente em todo o trabalho, afinal ele narra a história), é
James LaBrie, além de Hansi Kürsch e Tobias Sammet. Claro que Simone e Floor se
mostram perfeitas, afinal não precisam provar nada pra ninguém.
O Heavy Metal se faz
presente na primeira parte, sendo que o Rock e o Progressivo caem com uma pedra
no segundo disco, que soa mais burocrático (não no sentido pejorativo) e mais
brando. Isso só prova a abrangência do Ayreon, que não é novidade pra ninguém.
Fato é que no conjunto
da obra o disco está mais dinâmico e menos cansativo que em outros trabalhos,
porém mantendo suas características. Isto é, mantém sua base de seguidores com
as chances de conquistar novos fãs. “The Source” merece ser ouvido na íntegra e
com o encarte (que conta com ilustrações reveladoras da história e letras, é
claro) na mão.
9,0
Vitor Franceschini
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