(2017
– Importado)
Independente
Banda iraniana de
Teerã, a Heterochrome lança o primeiro full: “Melancholia”. Influenciada por
Prog Metal, as seis canções do álbum estão bem arranjadas, com destaque para o
trabalho das guitarras, o qual é variado, percorrendo as várias nuances do
estilo proposto, tanto nas harmonias como nos solos.
Os “duelos” de vocais
ao longo do CD merecem especial atenção, pois se encaixam perfeitamente,
alternando a suavidade de Mida (a vocalista) com os vocais ‘masculinos’
(risos), naturais ou extremos. Nota-se, também, a influência dos primórdios do
Opeth e afins.
A banda foi formada em
2014, estabilizando a formação com Mohammadreza, Mida, Mohammad, Khashayar e
Armin. Sem querer entrar (mas já entrando... risos) em questões políticas,
antes mesmo da ótima proposta apresentada no primeiro trabalho, estão de
parabéns por se imporem musicalmente em um país que, por opções religiosas, abomina
quaisquer manifestações ‘ocidentais’. Prova cabal de que a música pesada (e a
arte em geral!) se sobrepõe e desafia quaisquer ranços disseminados pelo ódio,
de qualquer fanatismo religioso, independente do credo.
O nome da banda é
oriundo de um fenômeno (ou alteração) ocular chamado de ‘heterochromia’, a qual
distingue em cores diferentes os olhos de um mesmo indivíduo, mas que
(metaforicamente falando) convivem e trabalham unidos para o bem comum, sem
distinção de etnias. Não poderia haver nome melhor, levando-se em consideração
a origem da banda e dos ‘perrengues’ para ter a liberdade de expressão
respeitada.
9,0
Adalberto
Belgamo
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