Marcelo França, também
conhecido como M. Mictian, ajudou o cenário nacional criando uma das maiores
bandas de Black Metal da história do cenário brasileiro, o Unearthly. Mas, sua
contribuição com a música pesada vem de mais de 20 anos, quando integrou a
banda de Death Metal Anopheles, lá pela primeira metade dos anos 90. Agora,
estando à frente do Affront, onde é baixista e vocalista, o músico tem uma
carreira sólida no underground e não se cansa de criar álbuns com a qualidade
do Metal extremo tupiniquim. Este é o nosso convidado que mata a si mesmo
comentando seus principais trabalhos a seguir.
“From
the Dark Flames of the Christian Holocaust” (2002) - Darkest Hate / Black
Winter Night (split): Esse disco eu gravei com meu amigo
Mantus (Marcelo Vasco), somos amigos de longa data aqui do Rio de Janeiro, nós andávamos
muito juntos e um dia de repente ele me liga para gravar essas músicas, nem
ensaiamos direito e fomos direto para o estúdio (risos). Acredito que tenhamos
passado uma noite inteira gravando era um época boa uma grande experiência não
tínhamos muita experiência em gravações, mas fomos em frente e fizemos.
Unearthly |
“Infernum
- Prelude to a New Reign” (2002) – Unearthly: Primeiro álbum
do Unearthly, tínhamos gravado duas demos e partimos pro ‘full legnht’. Foi
como um sonho realizar essa gravação do nosso primeiro álbum, o disco versa com
o total Anti-cristianismo, algo que estava muito presente em nossas vidas com
as músicas que ouvíamos, os filmes que assistíamos e aquela rebeldia antissocial
também. Eu vivia numa favela (Nova Holanda, Complexo da Maré), uma das favelas
mais perigosas do Rio de Janeiro, onde nasci e fui criado, toda essa atmosfera
também ajudou a escrever esse disco.
“Black
Metal Commando” (2003) – Unearthly: Assim que terminei de
compor o “Infernum…” (primeiro álbum do Unearthly) eu já estava escrevendo “Black
Metal Commando”. Escrevi na mesma atmosfera estes dois discos, sendo que este
segundo trás um disco completo falando sobre uma grande guerra contra todas as
religiões tanto que em todos os títulos das músicas tem a palavra “War”. Mas
lembro que algumas pessoas entenderam errado e acharam que éramos Nazi, por ter
uma música chamada Zyklon B, mas era
apenas uma alusão ao gás que matou tantos judeus, na época recebemos muitas
“cartas” do leste europeu, supostos nazistas nos parabenizando pelo álbum e
quando dizíamos que não tinha nada haver eles ficavam decepcionados (risos) e
sempre mandávamos um FUCK OFF para eles. Com este lançamento surgiram muitos
shows e uma turnê pelo nordeste, uma grande experiência.
“Age
of Chaos” (2009) – Unearthly: Neste decidi tirar o ‘corpse
paint’ da banda, queria aliviar a maneira que os fãs nos viam, já éramos bem
conhecidos e fomos a São Paulo gravar no Da Tribo Estúdio. Gravamos em 10 dias
o disco todo, com muita influencia de Death Metal, deixamos um pouco do Black
Metal tradicional de lado, mas foi o álbum que realmente nos trouxe e nos
deixou como um dos maiores nomes do Black Metal no Brasil. Eu usei muitas
influências do Deicide, Morbid Angel, Krisiun, Rebaelliun para compor as músicas
deste álbum, o lado Death Metal que pulsava forte em mim.
“Flagellum
Dei” (2011) – Unearthly: O disco que nos jogou no mundo. Foi
incrível, compomos em alguns meses este álbum, ensaiamos muito exaustivamente e
fomos para a Polônia gravar no Hertz Studio, mesmo estúdio onde bandas como
Hate, Decapitated, Behemoth, Vader entre outras grandes bandas também gravaram,
teve a participação de Steve Tucker (Morbid Angel) nos vocais da música Osmotic Haeresis, a convite meu. Chegamos
lá e o Vader tinha acabado de terminar a gravação do seu álbum “Welcome to the
Morbid Reich” (2011), ouvimos em primeira mão antes mesmo da mixagem final. Foi
outro grande sonho realizado gravar neste lugar mágico e incrível, saímos de lá
extasiados e com um excelente disco gravado em oito dias, a partir dele
começamos as turnês na Europa.
“The
Unearthly” (2014) – Uneartlhy: O disco mais
complicado da carreira do Unearthly. Muita discórdia envolvida, já não nos
entendíamos mais como uma banda, era cada um por si, talvez isso se reflita no
álbum que não ficou como esperávamos e não podia ser diferente, perdemos a
essência apesar das turnês na Europa e Estados Unidos nada era como antes... Eu
fiz a capa deste disco e parte da arte gráfica.
“Angry
Voices” (2016) – Affront: Gratificante, é uma das melhores
fases a qual eu vivo durante anos, o Affront me trouxe a confiança e me empolga.
“Angry Voices” é algo que realmente tenho orgulho de ter escrito e gravado, as
coisas andam de vento em polpa. É um disco solto, livre, não nos prendemos a
nada para escrever é simplesmente Metal puro na sua essência, com a temática
sobre criticas sociais, criticas religiosa, etc... É isso o que recheia esse
álbum um dos melhores que já escrevi.
Comecei a ouvir a banda em 2001 com primeira faixa do infernum ,já arrepiou de começo e como todo garoto fiquei surpreso em se tratar de uma banda Brazuca ,sem como ir atrás de quem era o Unearthly passei um tempo ouvindo só o k7 que tinha logo que saiu o Black metal Commando eu comprei e não achava o infernum ,que era já um clássico pra mim até então ,ai veio a matéria da obscura arte que mostrou a primeira intrevista que eu vi com o Marcelo ,muito tempo depois veio o show na fofinho que estranhei ,não conhecia a formação e sem Corpse paint e não conhecia as musicas do age of chaos ,mas foi ali que eu em ação arrebentando tudo ,com pouca gente na casa porem o pessoal agitou e curtiu muito os respectivos discos do unearthly vieram mais eu já mais velho com um entendimento maior sobre toda a arte ,foi muito triste pra mim ver o unearthly brecar tudo ,mas foi tão compensador ouvir o Angry Voice cara que não e atoa que o Marcelo ta ai até hoje ,muito grato eu sou por todo envolvimento que vc tem com a musica
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