(2018
– Nacional)
Nuclear
Blast / Shinigami Records
Após o ótimo “Under the
Red Cloud” (2015) em que os finlandeses do Amorphis atingiram um nível
altíssimo de criatividade, a banda retorna com “Queen of Time” para tentar
superar isso e ao ouvir o trabalho, nota-se que atingiram o objetivo. E, melhor
ainda, sem dar segmento ao antecessor e mesmo assim mantendo a identidade da
banda.
Quem conhece sabe que
hoje em dia o Amorphis tem seu próprio estilo, depois de ser um dos pioneiros
do Melodic Death Metal e um dos principais nomes do Gothic/Doom. Estilos,
aliás, que ainda são encontrados em sua sonoridade que hoje se mescla com
diversos outros elementos.
“Queen of Time” é um
disco que traz tudo que a banda propõe e mais um pouco, resgatando um pouco do
peso e agressividade que devagar foram deixados de lado nos lançamentos dos
anos 2000. Isso é uma dádiva, já que Tomi Joutsen é especialista no assunto,
inclusive tendo um dos melhores guturais que já se ouviu.
Aliás, este é o oitavo
disco com o vocalista, que acaba se tornando o principal ‘frontman’ da carreira
da banda, que traz no novo trabalho uma sonoridade ao mesmo tempo direta, ao
mesmo tempo diversificada e ao mesmo tempo trabalhada, com levadas intrincadas,
quebradas e variação rítmica intensa. Coisas que só o Amorphis consegue fazer.
Mas sejamos honestos, a
principal característica de “Queen of Time” é como ele é um disco com ‘feeling’
e emotivo. As melodias levam a isso, e incluir arranjos tão belos com
instrumentos de sopro, sintetizadores bem escolhidos e o peso necessário nas
músicas, o transforma em um dos melhores álbuns da banda.
Toda essa versatilidade
imbuída nas linhas vocais, com os guturais aparecendo com ênfase novamente é de
emocionar quem acompanha a banda faz tempo. Já os novos fãs virão a banda
trazendo tudo que ofereceu em sua carreira num disco só. Imaginar que a versão
nacional ainda vem com duas bônus...
9,0
Vitor
Franceschini
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