Por Vitor Franceschini
Que o Brasil é rota de
shows internacionais em tudo quanto é estilo de música atualmente, todo mundo
sabe. No Rock/Metal então, nem se fala. Desde bandas gigantes, como bandas
médias e até bandas do underground mundial aportam por aqui. Algumas com um
intervalo de menos de um ano.
Outro fator é que os
shows de médio a grandes (os gigantes também, obviamente) são caros,
independentemente de suas produções (tanto do conforto do público, quanto da
produção audiovisual), o preço não será menor que uma centena de reais. Ok, há
vários motivos que explicam isso, como taxas de embarque, cachês das bandas,
aluguel de aparelhagem, local e afins, além dos impostos abusivos colocados
inclusive já nestes custos mencionados. Nem vou comentar a famosa taxa de
conveniência (ou inconveniência) imposta nos sites de vendas de ingressos.
Mas por que, nos shows de
médio a gigantes o preço das comidas e bebidas são tão caros? Isso na maioria
de eventos de médio a grande porte (inclusive feiras, esportivos, etc). Isso
incumbe no custo da produção do show? Se sim, por que os preços dos ingressos
continuam sendo abusivos? Isso não poderia rebater em diversos outros serviços?
Os produtos de alimentação e bebidas não são nacionais? Qual a demanda sobre
isso?
Respostas convincentes
seriam interessantes, caso a gente não soubesse que os preços são
superfaturados nestes eventos, chegando a custar o quádruplo do que consumimos
em supermercados e bares fora destes recintos. Um cachorro-quente a R$ 20, que
não é lá essas coisas, enquanto o ‘dogão’ aqui da esquina do trampo sai por R$
5 e é mil vezes melhor! O preço da cerveja, para quem lê o blog é batata, todo
mundo sabe. Em um evento, custa no mínimo R$ 12 uma lata de 350ml. Num
supermercado você acha por seis vezes mais barato. Água potável, o essencial,
que em diversos eventos da Europa é disponibilizado gratuitamente, aqui pode
chegar ao mesmo preço.
Ainda fiquei sabendo, que
em alguns eventos não permitem a compra de um produto apenas, ou seja, exigem
agora a compra de combos. Isso se chama exploração, e vejo muita gente
aceitando isso calada. Sei que pouco pode-se fazer em um país onde o
capitalismo selvagem dominou grande parte da população, mas sinceramente, não é
questão de ser caro e a gente estar ciente que é. É estar muito, mas muito
acima do que podemos e, pra quem gosta tanto de falar de ‘lei’ e ‘crimes’, não
passa de um roubo dentro da lei.
*Vitor
Franceschini é editor do ARTE Metal, jornalista graduado, palmeirense e
headbanger que ama música em geral, principalmente a boa. Não é pão duro, mas se tiver pão duro come de
graça.
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