quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Viscerall: transpondo a Fortaleza do Nordeste




Texto e Foto: Cris Figueiredo
Foto: Anne K. Fotografia

No décimo quinto dia de setembro, um domingo de temperatura elevada, tivemos um encontro de grandes nomes do Metal cearense e a banda baiana Viscerall, tudo isso no Hard N’ Heavy Metal Fest, na Havana 1884, em Fortaleza.

Às 16h, abrindo o Festival, a competente Scariotz sobe ao palco, dando início aos trabalhos, trazendo um Power Metal tradicional e épico, mostrando que não estava ali por acaso. Em seguida, a banda Steel Hands assume o posto, nos surpreendendo com um Speed Metal “excitador”, com muita propriedade e personalidade. Na sequência a Omminous surge - apresentando seu novo e prodígio baterista, de apenas 14 anos, porém, tocando como gente grande - nos brindando com seu Heavy Metal tradicional, melódico e progressivo, uma grata surpresa. Eis que, por volta das 19h, os Discípulos do Metal cearense, a Oráculo, na estrada desde 1995, nos honra com sua presença e sua música pesada, sem rótulos, porém, com muita honestidade e qualidade, uma apresentação a altura da sua trajetória. Às 20h, a banda Hard N’Dogs - lançando seu álbum homônimo - faz soar seus primeiros acordes, trazendo uma veia claramente Hard Rock, com uma forte influência setentista, porém, antenados com a atualidade.



Já passava das 21h, quando ecoou o som da intro anunciando a banda Viscerall no palco - momento de grande expectativa dos Metalheads presentes - divulgando seu álbum “Standing Overground”, com lançamento previsto para ainda este ano, eis que um riff matador se propaga pelo ambiente, era a canção Death Machine - já bastante conhecida nas redes sociais e em diversas plataformas digitais - abrindo o set, mostrando o que viria pela frente nessa noite. A partir daí, uma sequência de petardos foram lançados sobre as cabeças dos headbangers que resistiram até alí; Keeping the Flame Alive; Between the Cross and the Sword; Into the Darkness; Act Seven e Kruzaders (Instrumental). Por conta do horário já avançado, a banda finaliza o seu repertorio autoral, com a dilacerante Age of Steel e se despede de Fortaleza anunciando a última canção da noite - para delírio dos presentes - Living for the Night, do clássico “Theatre of Fate” (Viper), “álbum divisor de águas do Metal nacional”, palavras do vocalista da Viscerall - com quem concordo em gênero, número e caso - fazendo uma grande, emocionante e merecida homenagem ao maestro, compositor e cantor, Andre Matos, um dos maiores ícones do Heavy Metal brasileiro e que nos deixou, precocemente, em junho deste ano.

Uma brilhante apresentação e uma noite pra ficar na memória, com gostinho de quero mais e sentimento de até breve!

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