(2020
– Nacional)
Hellion
Records
São quase cinquenta anos
de carreira e como é sabido, mais de quarenta deles dedicados ao Saxon, um dos
pilares da New Wave Of British Heavy Metal (NWOBHM). Nada mais justo que Biff
Byford celebrar agora, depois de meio século, um trabalho solo e que valeu a
espera.
Não só em termos
musicais, o vocalista também resolveu chamar um time de peso e convidados
especiais para o disco, o que gerou um trabalho que mistura seriedade e festa.
Tanto que o que temos em mãos é algo bem regado a Hard Rock e claro, Heavy
Metal.
No time principal, nada
mais, nada menos que Fredrik Åkesson (Opeth) é o dono das seis cordas, sendo Christian
Lundqvist (ex-R.A.W., The Poodles) na bateria, além do baixista Gus Macricostas,
que já tocou ao vivo com o próprio Saxon. E não é que a química rolou?
Melodias cativantes dão o
tom do trabalho, que caminha bastante entre a linha tênue do Hard ‘n’ Heavy.
Mas o mais interessante é que Biff, que produziu o álbum, optou por uma
sonoridade moderna. No entanto, sem exageros, mas algo bem redondo e
aproveitando bem os recursos atuais. Um pouquinho mais de organicidade deixaria
tudo perfeito.
Biff está cantando como
sempre, com seu timbre único e aqui prima por deixar a agressividade mais de
lado, adotando certa sutileza. Entre os convidados, músicos de peso como Big
Dave Kemp, Nibbs Carter (Saxon, que divide várias composições com Biff), o
multi-requisitado Alex Holzwarth (Rhapsody Of Fire, Avantasia), o outro
multi-requisitado Nick Barker (Ancient, Brujeria, ex-Dimmu Borgir, Cradle of
Filth, etc), além do mestre Phil Campbell (Motörhead).
Há momentos mais alegres,
como nas próprias duas faixas iniciais, Welcome
to the Show e School of Hard Knocks,
mas o negócio pesa também, incluindo com Biff assumindo seus antigos demônios
como em Worlds Collide. Mas o negócio
não tem limites, pois o cantor até recita um poema de Allan Poe em Inquisitor, que aliás precede a faixa de
nome do poema, The Pit and the Pendulum,
e faz duas releituras. Uma para a domínio público Scarborough Fair e um cover do Wishbone Ash para Throw Down the Sword. Uma verdadeira
celebração.
9,0
Vitor
Franceschini
Ótima resenha!O álbum realmente está excelente e o cover do Wishbone Ash ficou Sensacional!Abraços
ResponderExcluirEleandro Frizon